Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Natalia Queiroz Nunes de Oliveira - Psicólogo CRP 06/117294
Entenda o que você precisa saber para lidar com um parente com esquizofrenia
A esquizofrenia é um transtorno psicológico grave, que provoca alterações no comportamento de quem sobre dessa patologia, algumas vezes incapacitantes, com considerável perda de interação social.
Embora haja tratamento, o grande desafio é conter o avanço da doença, ajudando aqueles que têm um parente com esquizofrenia, a lidar com os sintomas e apoio ao buscar tratamento adequado junto aos psicólogos.
Lidar com um parente com esquizofrenia não é uma tarefa fácil. O comportamento de pacientes com este transtorno pode provocar esgotamento em todos que convivem com ele.
Cabe aos psicólogos e demais profissionais da saúde dar o amparo necessário para que eles consigam identificar os sintomas, padrões e como agir em situações de crise. A recaída precisa ser evitada e com o tratamento a doença pode ser controlada.
Muitas pessoas que têm um parente com esquizofrenia, acabam gastando todas suas energias no cuidado necessário a eles. Diante das dificuldades é preciso reconhecer os sintomas, que são basicamente de dois tipos:
Sintomas positivos: transtornos comportamentais que afetam a percepção do paciente como alucinações e delírios.
Sintomas negativos: tais como o embotamento afetivo, comunicação limitada e resistência a tarefas ligadas a objetivos diretos.
A doença não tem cura, porém com tratamento é possível proporcionar qualidade de vida a pacientes e pessoas que convivem diretamente com o transtorno.
Se você tem um parente com esquizofrenia, fique atento a nossas dicas para facilitar o convívio, nunca dispensando o acompanhamento de um profissional devidamente qualificado.
1) Conheça profundamente os sintomas ligados à esquizofrenia
A esquizofrenia tem sintomas característicos, denominados sintomas positivos e negativos. Os sintomas farão com o que o paciente se distancie da realidade, confundindo eventos, opiniões e a própria realidade.
Ele pode apresentar comportamentos sociais inadequados e demonstrar apatia, que pode ser confundidos com preguiça, ligado à falta da capacidade de realizar atividades que tenham algum propósito.
Conhecer esses e outros sintomas, fará com que você entenda o que seu ente querido com esquizofrenia está passando.
2) Muito amor para lidar com um parente com esquizofrenia
O amor, o acolhimento, o respeito e o exercício da paciência são fundamentais para a evolução positiva do quadro. A agressividade, dureza e atitudes demasiadamente severas, irão afastá-lo de você, tornando sua voz, mas uma das punitivas em sua mente.
Por isso, o acompanhamento da família é fundamental e permite estabelecer vínculos de confiança, entre quem sofre com a esquizofrenia e quem tem sua em sua rotina afetada por ele.
3) Não critique, recrimine ou superproteja um parente com esquizofrenia
É muito comum a pessoa com esquizofrenia ter atitudes que causam constrangimentos e repulsa. No entanto criticar, recriminar, repreender ou debochar, pode desencadear um estado de estresse.
Também evite superproteger o paciente com esquizofrenia ou ele poderá tornar-se dependente, não demonstrando iniciativas. Autonomia, rotinas, ambientes organizados facilitam o convívio e a qualidade de vida do paciente.
4) Faça-se presente e recomende o tratamento
Acompanhe o tratamento do seu parente com esquizofrenia, desde que ele concorde. Talvez seja necessário buscar apoio psicológico, uma vez que, a dedicação despendida ao paciente com esquizofrenia, não costuma ser percebida ou retribuída.
Esse comportamento pode provocar sentimentos negativos em quem tem um contato mais próximo ou vínculos emocionais profundos. Esse apoio irá promover acolhimento e auxiliar você a lidar com esse transtorno psicológico.
5) Tenha momentos de descontração e busque qualidade em sua vida
É fundamental dedicar tempo a você mesmo, relaxar, ter vida social e momentos de prazer. Nem tudo gira em torno do parente que tem esquizofrenia, embora ele irá requerer cuidados. Esse desgaste pode afetar o sono, a disposição e o humor de quem se ocupa dessa tarefa.
Tente encontrar outros aliados que possam dividir essa carga com você e evite tornar-se igualmente dependente, acreditando que seu parente depende exclusivamente de você.
Contar com o apoio de um psicólogo para dar início a um processo terapêutico será benéfico para o tratamento e ajudará a empoderar quem está em tratamento e quem cuida desse paciente.
A esquizofrenia é uma doença que acaba por afetar todo o círculo social do paciente. O envolvimento de parentes e amigos podem contribuir com a socialização, autonomia e qualidade de vida do paciente.
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Autor: psicologa Natalia Queiroz Nunes de Oliveira - CRP 06/117294Formação: Especialista em TCC - Terapia Cognitiva Comportamental, com foco em terapia individual para adultos, terapia de casal e demandas como ansiedade, conflitos conjugais, estresse, depressão e carreira. Com formação em Inteligência Emocional, cursa especialização em…
Gostei muito pois irei ver agora diferente o quadro do esquizofrênico. Obrigado
Obrigada pelo seu comentário.
Cuido de uma tia de 70 anos com esquizofrenia desde os 24nos. Quem cuidava era minha mãe, mas infelizmente ela faleceu.
Como devo proceder quando ela diz coisas q ouviu vozes dizendo q ela tem DNA na veia e q vai ter uma menina q vai nascer dela, ou quando ela fica nervosa dizendo q a Gabi (personagem ilusório dela) não a deixa em paz. Enfim, entro na estória dela ou desconversou? O q faço? Sei q não adianta falar ora ela q coisas da cabeça dela, q isso não existe, pq não funciona.
Pode me ajudar? Obrigada. ⚘
Ela tem feito acompanhamento terapêutico e psiquiátrico regularmente? É muito importante. No mais, ouça o que ela tem a dizer e converse com os médicos dela para te orientarem de maneira assertiva em como lidar nesses momentos específicos.
Tenho 26 anos e estou terminando a faculdade e cuido da minha mãe de 63 anos que possui esquizofrenia e achei excelente as dicas. Infelizmente falho as vezes em evitar conflito e críticas principalmente porque ela tende a se afastar do tratamento todas as vezes. O paciente se distancia tanto da realidade que pensamentos lógicos para nós são totalmente sem sentido para eles, ainda mais se ele tiver paranoia e achar que você está querendo fazer o mal.
E pode ter certeza que você nunca vai mudar a cabeça de um esquizofrenico, mesmo apresentando evidências e argumentos. Me gera muita angústia de ver minha mãe com essa doença e mais ainda que todos da família e as amigas se afastaram, por não entenderem e por ser difícil de lidar.
Muito bacana o texto trazer que a pessoa que cuida não deve ter seu ponto central o doente e concordo totalmente, pois vai drenar muita energia e você vai acabar sendo sugado para o mundo do doente.
Infelizmente não consegui me tornar curador legal dela mas espero um dia. Desejo forças para quem estiver nessa situação
Obrigada por compartilhar o seu relato. Lembre-se de cuidar da sua saúde emocional para ter resiliência para lidar com tudo isso!
Adorei sua matéria, tenho uma filha de 21 anos que tem retardo mental leve e esquizofrenia, foi de muito ajuda ler tudo isso, me inccrevi para receber mais conteúdos como esse, eu sou do sul e me vejo perdida aqui em são paulo, para um apoio mais direcionado a essa doença, ela é maravilhosa, independente, inteligente, vou te seguir em tudo, foi um prazer ler tuas matérias, gratidão
Olá, Derlise! Obrigada pelo seu comentário. Fico contente em saber que o conteúdo foi útil para você.