Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Letícia Batista Lopes - Psicólogo CRP 06/168484
Você sabe o que é ansiedade, quais são as suas causas e os tratamentos mais comuns?
A ansiedade se tornou um dos problemas psicológicos que mais afetam os adultos e jovens de hoje em dia.
Ela pode ser causada e agravada pelos fatores cotidianos que todos enfrentamos.
Nesse artigo você vai conhecer tudo sobre Ansiedade.
Índice
- Introdução sobre ansiedade
- O que é ansiedade?
- O que é crise de ansiedade?
- Como identificar uma pessoa ansiosa?
- Qual a diferença entre ansiedade comum e ansiedade patológica?
- Quais são os sintomas físicos e emocionais causados pela ansiedade?
- Por que a ansiedade vem do nada?
- Em que momento a ansiedade se torna um incômodo?
- Quais são os 5 tipos mais comuns de ansiedade?
- Como saber se sou ansioso?
- Como controlar a ansiedade?
- O que é bom para aliviar a ansiedade?
- Como o psicólogo trata a ansiedade?
- Quais psicólogas atendem casos de ansiedade?
Introdução sobre ansiedade
A ansiedade é um dos problemas mais comuns da atualidade. Somente no Brasil, 18,6 milhões de pessoas sofrem de ansiedade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esse sentimento de grande inquietação prejudica a vida das pessoas em diferentes áreas, como na vida profissional, nos relacionamentos, nos estudos e até no próprio bem-estar emocional. Como está sempre preocupada com o futuro, a pessoa ansiosa tem dificuldade para viver o presente.
Assim como o estresse, a ansiedade é, de certa forma, uma reação do corpo ao perigo. Todos nós somos ansiosos, em uma escala menor ou maior.
Diferente da ansiedade normal, que sentimos na véspera de uma prova ou de uma reunião importante, também existe a ansiedade patológica – esta, por sua vez, é um transtorno mental sério que, se não tratado, pode desencadear graves crises de pânico.
Por outro lado, é necessário pontuar que a ansiedade não é apenas um fenômeno patológico, pois ela também está presente no ciclo de vida do ser humano e contempla algumas fases do desenvolvimento.
Em alguns momentos da vida todo mundo se sente um pouco nervoso e ansioso. Porém, para algumas pessoas, a ansiedade é algo mais frequente, que atrapalha o andamento normal da vida.
Nesses casos, esses indivíduos podem sofrer do Transtorno de Ansiedade, uma doença séria que se manifesta de diversas maneiras e precisa ser tratada.
Um número muito grande de pessoas procuram os consultórios de psicologia trazendo como queixa principal os sintomas de ansiedade para justificar todo o sofrimento psíquico que enfrentam.
O que é ansiedade?
A ansiedade é um estado psíquico natural que é muito útil para nos alertar de um perigo e fazer com que nos preparemos para enfrentá-lo.
No entanto, ela tem sido definida, de maneira geral, como um estado emocional desagradável acompanhado de desconforto físico e que, geralmente, possui relação com o medo.
O conflito se instala quando o medo transita de real para imaginário e, ao ser investigado com mais critério, chega-se à conclusão que ele é fruto da imaginação do indivíduo.
Entenda que as consequências do transtorno de ansiedade vão muito além de apenas ter frio na barriga com mais frequência.
Elas afetam profundamente a vida de quem possui esse transtorno, prejudicando a vida social, profissional e até mesmo pode desenvolver doenças físicas.
Sentir-se ansioso (a) é, sim, algo bastante natural.
Mesmo crianças bem pequenas ficam ansiosas – se comportam de maneira agitada antes de sua festa de aniversário, se arrumam bem rápido para ir para a escola no primeiro dia de aula, etc.
A ansiedade tem a ver com a nossa percepção do futuro e o quanto queremos (ou não) que ele chegue.
Ela acontece como uma resposta fisiológica a algo que ainda vai acontecer.
É uma reação de muita adrenalina que precede um momento de estresse – pode até ser benéfica, conduzindo nossa atenção para o evento que teremos.
Só que, em alguns casos, a ansiedade pode levar o indivíduo a um ataque de pânico, em que ele pode, simplesmente, não conseguir mais realizar suas tarefas normalmente.
É importante ter em mente que a ansiedade é um sentimento normal e necessário. Antecipar o futuro e criar planos é algo natural, saudável e inerente ao ser humano.
No entanto, o que acontece é que muitas pessoas acabam sentindo-a o tempo todo e ela passa, então, a ser uma rotina. E, quando isso acontece, ela deixa de ser uma sensação normal e passa a ser um transtorno – é o que chamamos de ansiedade patológica.
O que é crise de ansiedade?
A crise de ansiedade é uma reação intensa, caracterizada pela manifestação abrupta dos sintomas ansiosos. Ela pode ser uma resposta à uma situação estressante ou se manifestar de modo involuntário, sem aviso prévio.
Não é preciso ter algum problema com a ansiedade para ter uma crise. Como dito, ela pode ser uma resposta a uma situação de extremo estresse, como um acidente de trânsito. Além disso, quando uma pessoa vive sob pressão por um longo período, as chances de ela ter uma crise são maiores.
Quando as crises ansiosas acontecem com frequência, é sinal de que a saúde mental está debilitada. Não é normal ter crises de ansiedade todos os dias ou todas as semanas.
Nesses casos, é preciso procurar ajuda profissional com urgência para que os sintomas ansiosos sejam combatidos e não se transformem em uma condição de saúde mental grave. O tempo de uma crise de ansiedade é variável. Ela pode durar até 30 minutos, com os sintomas intercalando entre intensos e menos intensos.
Como identificar uma pessoa ansiosa?
A ansiedade, como dissemos anteriormente, é importante para o ser humano, já que faz parte de sua reação natural frente a situações de perigo, como algo instintivo.
As sensações emocionais e físicas engatilhadas pela ansiedade distribuem doses hormonais que o corpo mesmo fabrica. Porém, o desequilíbrio dessas sensações ocasiona vários tipos de ansiedade e transtornos, impedindo as pessoas de serem assertivas.
Alguns pacientes chegam em consultório dizendo que estão com muita ansiedade e que não sabem o que fazer com isso. Outras, simplesmente, chegam dizendo que não sabem o que têm – e, no fim, descobrem que é a tal da ansiedade.
Estar ansioso (a) ou ser ansioso (a) é algo muito sugestivo. Existem inúmeras razões para que uma pessoa possa se enquadrar na ansiedade.
E este pode tanto ser um momento vivido pelo paciente quanto uma característica de sua personalidade. Em qualquer um dos casos é possível trabalhar em terapia.
Qual a diferença entre ansiedade comum e ansiedade patológica?
Para evitar que um estado de ansiedade se desenvolva para quadros mais graves, é de extrema importância identificá-lo precocemente para saber quais são os melhores tratamentos para cada caso.
A ansiedade comum faz as pessoas agirem rápido, porque ficam eufóricas.
A ansiedade patológica tem o efeito contrário: pessoas com esse tipo de ansiedade acabam não conseguindo executar tarefas simples do dia a dia, como ir ao trabalho ou fazer uma pesquisa para a faculdade, porque se sentem ansiosas demais e acabam “travando” na hora de desenvolvê-las.
A ansiedade comum a que me refiro, muito conhecida pelas pessoas como “friozinho na barriga” é inerente à condição humana e elemento importante porque promove mudanças ao permitir que as pessoas entrem em contato com um universo novo e desconhecido.
É um pouco difícil diagnosticar o que é uma ansiedade normal do dia a dia com uma ansiedade patológica, e o psicólogo é o profissional capacitado para fazer esse diagnóstico de maneira precisa.
No entanto, alguns hábitos relacionados à ansiedade são um alerta de que está passando do limite aceitável: sensação de aperto no peito, tremores, roer unhas, enjoos, vômitos, náuseas, falta de ar e tensões musculares são alguns deles.
Quem sofre de Transtorno de Ansiedade tem ataques de adrenalina com muito mais facilidade e pode sentir constantemente que algo sério está prestes a acontecer, mesmo sem ter nenhum motivo para isso.
Com isso, se torna uma pessoa preocupada, tensa, sem foco e com baixo rendimento nos estudos e atividades profissionais. Conheça as Principais diferenças entre preocupação e ansiedade
A ansiedade patológica, diferentemente da comum, deve ser tratada rapidamente. Uma pessoa com transtorno de ansiedade passa por muitos desconfortos, a ponto de prejudicar a sua vida cotidiana.
A ansiedade também pode ser um sintoma de outros transtornos, como o Transtorno de Pânico, Estresse Pós-Traumático e TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Esse tipo de ansiedade precisa, sim, ser tratada por um especialista.
Ainda que você sinta que pode controlá-la por um tempo, um psicólogo irá ajudar a compreendê-la, o que é um ótimo primeiro passo para controlá-la. Ele auxilia a encontrar o que, na sua vida, pode estar causando essas reações e quais consequências práticas a ansiedade está trazendo para você.
Quais são os sintomas físicos e emocionais causados pela ansiedade?
É muito importante ressaltar que os sintomas são diversos e variam de pessoa para pessoa. Mas, mesmo no caso de uma ansiedade comum, já é possível perceber os sinais como o coração bater mais rápido e as palmas das mãos ficarem suadas, por exemplo.
Quando a ansiedade é um problema patológico, é normal que a pessoa sinta insônia, dor no peito, arritmia cardíaca e falta de ar. Algumas pessoas também relatam formigamentos na pele e visão escurecida quando estão em uma crise.
Listamos abaixo alguns dos principais sintomas que, quando desencadeados, trazem problemas não só fisicamente, mas em muitas áreas da vida do indivíduo, como na vida social e na vida profissional.
Pensamento acelerado
O pensamento acelerado é a sensação de que os pensamentos estão se movendo rapidamente e fora de controle, dificultando a capacidade de focar em uma única ideia ou tarefa.
Compulsão alimentar
A compulsão alimentar é o comportamento de comer excessivamente em resposta ao estresse ou ansiedade, muitas vezes sem sentir fome e levando a sentimentos de culpa ou vergonha.
Vontade de chorar
A vontade de chorar é uma resposta emocional comum à ansiedade, onde a pessoa pode sentir uma necessidade intensa e súbita de chorar sem um motivo aparente.
Falta de concentração
A falta de concentração é a dificuldade de manter o foco em tarefas ou atividades, resultando em distrações frequentes e baixa produtividade.
Medo irracional
O medo irracional é a presença de medos ou fobias desproporcionais e sem fundamento lógico, que podem ser desencadeados por situações específicas ou pensamentos ansiosos.
Angústia
A angústia é uma sensação profunda de desconforto e aflição emocional, frequentemente acompanhada por uma sensação de aperto no peito ou dificuldade em respirar.
Dificuldade para raciocinar
A dificuldade para raciocinar é a incapacidade de pensar claramente ou tomar decisões, frequentemente resultando em confusão mental e incerteza.
Preocupação crescente
A preocupação crescente é a tendência de se preocupar excessivamente com situações cotidianas, muitas vezes imaginando cenários negativos e improváveis.
Irritabilidade
A irritabilidade é um aumento na sensibilidade emocional, onde a pessoa pode se sentir facilmente irritada ou frustrada, mesmo com pequenos inconvenientes.
Nervosismo
O nervosismo é a sensação constante de estar inquieto ou agitado, frequentemente acompanhada por sintomas físicos como suor excessivo, tremores ou palpitações cardíacas.
Crises de pânico
Quem sofre de ansiedade crônica costuma ter crises de pânico. Esses episódios são caracterizados por sensações físicas bem intensas, como taquicardia, sudorese, dor no peito e formigamento nas mãos.
Além disso, o indivíduo sente-se extremamente angustiado e desesperado. Em algumas situações, ele pode achar que vai morrer naquele mesmo instante.
Problemas de sono
Dificuldade em começar a dormir ou de se manter dormindo por toda a noite é sinal de ansiedade crônica.
Quem sofre desse problema costuma deitar e se manter acordado, pensando em problemas específicos, programando detalhadamente o dia seguinte ou não consegue se desligar, sentindo-se muito agitado.
Problemas de digestão
Nosso sistema digestivo é muito sensível às emoções. Por isso, é comum que pacientes que sofram com a ansiedade tenham também problemas digestivos, como a Síndrome do Intestino Irritável.
E o pior é que esse problema acontece de maneira cíclica: o paciente tem a síndrome por sofrer de ansiedade, mas, por causa das complicações dela, torna-se ainda mais ansioso.
Perfeccionismo
O perfeccionismo é bem constante no Transtorno Obsessivo Compulsivo, que também faz parte do quadro de Ansiedade. Pessoas que estão o tempo todo se julgando, se avaliando e têm muito medo de errar podem estar sofrendo com esse problema. Por isso, elas se sentem muito incomodadas e angustiadas até terem tudo da maneira exata que planejaram, e, ao terminar, podem não estar satisfeitas e começam a busca pela perfeição novamente.
Palpitações
Palpitações são batimentos cardíacos rápidos, fortes ou irregulares, frequentemente percebidos como sensação de coração acelerado ou pulando.
Dor no peito
Dor no peito é uma sensação de desconforto ou pressão no peito, que pode ser confundida com problemas cardíacos, mas muitas vezes está relacionada à ansiedade.
Náusea ou vômito
Náusea ou vômito é a sensação de enjoo ou mal-estar no estômago que pode levar ao vômito, frequentemente desencadeada por altos níveis de estresse ou ansiedade.
Tontura ou desmaio
Tontura ou desmaio é a sensação de vertigem, desequilíbrio ou, em casos mais extremos, perda temporária de consciência, geralmente causada pela hiperventilação ou tensão muscular.
Boca seca
Boca seca é a sensação de secura na boca, que pode ser resultado da diminuição da produção de saliva devido ao sistema nervoso ativado pela ansiedade.
Formigamento dos membros, principalmente dos dedos das mãos e dos pés
Formigamento dos membros é a sensação de formigamento ou dormência, especialmente nos dedos das mãos e dos pés, devido à tensão muscular ou hiperventilação.
Fala acelerada
Fala acelerada é o aumento da velocidade e do ritmo da fala, frequentemente resultando de nervosismo ou excitação excessiva.
Sensação de sufocamento
Sensação de sufocamento é a sensação de falta de ar ou dificuldade para respirar, muitas vezes causada pela hiperventilação ou tensão nos músculos respiratórios.
Zumbidos no ouvido
Zumbidos no ouvido são sons percebidos nos ouvidos, como apitos ou chiados, que podem ser intensificados pelo estresse e ansiedade.
Por que a ansiedade vem do nada?
A ansiedade patológica e a ansiedade sentida no dia a dia são diferentes.
A primeira está sempre com a pessoa ansiosa, manifestando-se em situações corriqueiras que não despertam nervosismo ou preocupação. A própria pessoa cria razões para a ansiedade e alimenta pensamentos e sentimentos ansiosos inconscientemente.
Já a ansiedade que vem do nada no cotidiano, principalmente em situações consideradas intimidadoras, como falar em público ou ter uma conversa importante, existe por uma razão. Ela é uma resposta do organismo a uma possível ameaça, ainda que não seja uma ameaça real à vida.
Deve-se procurar um médico ou um psicólogo para a ansiedade quando os sintomas ansiosos persistem por semanas ou meses consecutivos, sem dar trégua ao emocional.
Alguns pacientes, no entanto, procuram a terapia para tratar a ansiedade corriqueira e acabam descobrindo que, na verdade, possuem um transtorno ansioso ou alguma condição ligada à ansiedade.
Em que momento a ansiedade se torna um incômodo?
A ansiedade passa a ser um incômodo quando o indivíduo percebe que não está mais conseguindo se concentrar em suas tarefas rotineiras, ou que passou a ter comportamentos totalmente prejudiciais, tais como insônia ou roer unhas, por exemplo.
Alguns optam por calmantes e medicamentos naturais. Em alguns casos estes procedimentos podem, sim, ajudar, mas, talvez (ou possivelmente), não corrijam a raiz do problema.
Ansiedade pode estar diretamente ligada a coisas que virão, ou seja, você sabe que na semana que vem fará a viagem dos seus sonhos, ou que terá uma apresentação no trabalho para mais de vinte pessoas e fica imaginando como será ou como você deve se comportar, etc.
Tudo isso, inevitavelmente, gera ansiedade.
Mas é importante descobrir a forma de lidar com ela, pois, como sugerido no exemplo acima, ela pode nos causar insônia, entre outras situações que podem nos prejudicar no ato de nossas funções e daquilo que tanto esperávamos que fosse acontecer.
Quais são os 5 tipos mais comuns de ansiedade?
Ansiedade Generalizada
Estado de ansiedade excessiva onde são afetadas as principais áreas de ação, como o trabalho e a família.
Esta ansiedade ocasiona sintomas físicos como dores, enxaquecas, disfunções de órgãos etc. Confira todos dos detalhes sobre TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizada
Fobias
As fobias são um dos tipos de ansiedade mais comuns. Podem iniciar repentinamente com sentimentos incontroláveis de terror e extrema ansiedade. Existem muitos tipos de fobias, dentre os quais destacamos:
- A fobia social, que está na exposição direta com outras pessoas;
- A fobia específica que pode ser mediante exposição a animais, estados climáticos, ambientes fechados, procedimentos médicos como cirurgias e dentistas, altura, falta de luz etc.
Estresse Pós-Traumático
O estresse pós-traumático costuma ser desenvolvido após a pessoa vivenciar uma experiência traumática.
Quem possui esse tipo de ansiedade tem muita dificuldade para dormir, sente-se inseguro e inquieto. Também passa a sempre relembrar o fato ocorrido em imagens mentais (flashbacks). Essa pessoa permanece em estado contínuo de alerta.
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
A pessoa passa a agir com ações repetidas, chamadas compulsivas. O TOC é um transtorno comum, e se caracteriza pela presença de pensamentos e impulsos indesejados. Essas atitudes mentais geram desconforto, depressão e medo.
Crises de Pânico
Muitas vezes sem razão ou motivo real, a pessoa sente falta de ar, pressão alta, calor, tonturas e vômito.
Em alguns casos, é conhecida como agorafobia, relacionada ao medo instantâneo de certas situações, como sair de casa, falar em público ou desempenhar uma função.
Crises de Pânico
A ansiedade social é um transtorno de ansiedade caracterizado por um medo intenso e persistente de situações sociais ou de desempenho onde a pessoa pode ser julgada ou avaliada por outros. Esse medo pode ser tão avassalador que a pessoa evita eventos sociais, situações de trabalho ou escola, e até mesmo atividades cotidianas, como fazer compras ou conversar com desconhecidos.
Quem sofre de ansiedade social frequentemente sente que será envergonhado, humilhado ou rejeitado, o que provoca um ciclo de autocrítica e evitamento.
Como saber se sou ansioso?
Se você suspeita ser ansioso, você pode fazer um pequeno teste de ansiedade, analisando o que você sente no dia a dia e em situações que normalmente o deixam nervoso. Caso note a existência de muitos sintomas ansiosos, marque uma consulta com um psicólogo ou psiquiatra para obter um diagnóstico.
Como controlar a ansiedade?
Acalmar a ansiedade é uma questão de ter acesso às ferramentas certas e usá-las constantemente. Felizmente, muitas dessas ferramentas são acessíveis!
Cada pessoa ansiosa possui as suas próprias estratégias de como lidar com a ansiedade, as quais convêm à sua personalidade e estilo de vida.
Se a ansiedade está prejudicando a sua vida, você também pode criar a sua própria estratégia para controlar sintomas ansiosos. Para ajudá-lo nessa tarefa, separamos oito dicas que podem ser facilmente aplicadas abaixo.
1. Tire um tempo para você
A vida às vezes fica muito corrida, certo? Com tantos compromissos, planos e expectativas, é fácil se sentir sobrecarregado e não saber para onde ir. A ansiedade potencializa essa sensação de estagnação por estimular pensamentos negativos. Por isso, você deve aprender a identificar quando é a hora de tirar um tempo para o autocuidado.
Sinais típicos de esgotamento são:
- Cansaço sem explicação
- Dificuldades para dormir
- Pessimismo
- Vontade de se isolar das pessoas
- Vontade de desmarcar compromissos
- Performar mal no trabalho ou na escola
- Enxaquecas
- Dores no corpo
- Tédio, angústia e sensação de falta de propósito
Você tem sentido muitos dos sintomas acima ultimamente? Se sim, pode estar na hora de você desacelerar e focar na sua saúde mental.
Você pode fazer isso ao optar por fazer atividades prazerosas e que promovam o relaxamento, como uma massagem, yoga ou caminhada. Neste período exclusivo para o seu bem-estar, não pense em obrigações e problemas, somente em você.
2. Limite a ingestão de cafeína e álcool
Tanto a cafeína quanto o álcool podem agravar a ansiedade e os ataques de pânico quando consumidos em excesso. De fato, qualquer pessoa que abusar dessas bebidas sentirá os seus efeitos negativos para a saúde.
Quem tem problemas para acalmar a ansiedade, no entanto, pode senti-los em maior intensidade e rapidez. Por isso, evite o consumo exagerado de cafeína e álcool no seu cotidiano.
3. Faça o seu melhor
Aprenda a fazer o seu melhor, simples assim. Não tenha o objetivo de ser o melhor entre milhares de pessoas, ser perfeito, ser extravagante, ser mais rápido ou qualquer outro extremo. É provável que essas expectativas fantasiosas não sejam correspondidas.
Cada pessoa tem talentos, habilidades e qualidades singulares que as tornam referências em seu campo de atuação, mas não em tudo o que fazem. Além disso, pessoas de sucesso se destacam por sua perseverança e amor ao seu trabalho, não pelo desejo de conquistar títulos.
Quando você determina um objetivo praticamente inalcançável para si mesmo, é mais fácil ficar ansioso enquanto você tenta cumpri-lo. Com a ansiedade, vem a desatenção, os erros e a desorganização, tudo o que você gostaria de evitar em primeiro lugar, não é mesmo?
Portanto, concentre-se em fazer o seu melhor. Dê tudo de si sem se importar com concorrentes e comparações. Faça o seu melhor porque você quer, não por razões exibicionistas, e não desanime se errar uma, duas ou incontáveis vezes.
4. Aceite que você não pode controlar tudo
Outra preocupação comum das pessoas ansiosas é o controle. Ou melhor, a falta dele.
Se não possuem o controle de uma situação, começam a visualizar cenários onde cometem erros, são julgadas e até mesmo humilhadas. Também pensam que fatores externos podem aparecer e estragar a situação. Assim, sofrem por antecedência.
A verdade é que ninguém tem o controle sobre os eventos da vida. A única coisa que você pode controlar são as suas reações a eles. Isso inclui suas emoções, pensamentos, decisões e condutas. Em outras palavras, você só tem controle sobre você mesmo. O que as outras pessoas vão dizer ou fazer não deve ser a sua preocupação, somente o que você fará.
A aceitação de que muitas coisas estão fora do nosso controle é libertadora. Essa mentalidade nos incentiva a trazer a nossa atenção para nós mesmos e, assim, aproveitar melhor a vida.
5. Faça respirações profundas
A respiração profunda tem efeitos tranquilizadores. Ela libera a tensão dos músculos, acalma a ansiedade e silencia a mente.
Quando você sentir a ansiedade chegando, você pode parar, respirar profundamente algumas vezes e dizer para si mesmo que está na hora de se acalmar. “Por que você está nervoso? Existe razão para esse sentimento?”, questione a si mesmo enquanto repete as respirações profundas.
Outras formas de respirar profundamente com o objetivo de entrar em um estado emocional calmo é através da yoga, meditação, pilates e caminhada.
6. Identifique o que causa a sua ansiedade
Você já pensou em conhecer a sua ansiedade? Como dito, cada pessoa possui a sua própria estratégia para lidar com ela. Isso porque a vivência de cada um é diferente, então faz sentido que existam múltiplas receitas para controlar a ansiedade.
À medida que você aprende mais sobre a sua ansiedade, você consegue encontrar maneiras de estabilizá-la e minimizar seus efetivos negativos. Algumas técnicas de autoconhecimento que você pode aplicar para esse propósito são:
- Anote em um bloco de notas ou aplicativo do celular o que você sente quando está ansioso. Tremores? Ânsia de vômito? Nervosismo? Vontade de chorar? Desespero? Depois, anote ao lado formas de lidar com eles. Pode ser a mesma fórmula para todos ou uma estratégia ligeiramente diferente dependendo do sintoma.
- Anote também quais situações lhe deixam ansioso. Falar em público? Fazer algo pela primeira vez? Interagir com alguém desconhecido? Visitar um lugar público, como supermercado ou shopping?
- Para identificar mais gatilhos da ansiedade, você também pode anotar sentimentos, tópicos de conversa, pessoas e pensamentos que causam grande preocupação a você. Com os gatilhos identificados, você consegue se preparar previamente para cada um desses momentos.
7. Converse com alguém
Converse com um amigo próximo, cônjuge, parente ou psicólogo quando estiver sobrecarregado emocionalmente. Coloque para fora todos os seus problemas com a ansiedade. Às vezes desabafar é tudo o que necessitamos para ficar bem de novo.
Quando quiser encontrar respostas para os seus problemas, pergunte a opinião da pessoa com quem conversa e peça conselhos do que fariam em seu lugar. A perspectiva de outro pode lhe ajudar a ver a sua própria realidade de outra forma.
Caso a sua ansiedade esteja interferindo em várias esferas da sua vida, como trabalho, família, relacionamento e vida social, considere conversar com um psicólogo. Um profissional é capaz de orientá-lo de maneira distinta dos entes queridas, além de lhe enxergar sem pré-julgamentos.
8. Mude a sua mentalidade
Os pensamentos ansiosos são um dos maiores obstáculos para acalmar a ansiedade. Pessoas ansiosas possuem dificuldade de lidar tanto com o fluxo quanto a qualidade de seus pensamentos em situações que despertam ou não os sintomas ansiosos.
As pessoas ansiosas não acreditam ser possível controlar esses pensamentos ou modificá-los quando eles surgem de repente, mas a verdade é que elas têm controle sobre eles.
Quando um pensamento de caráter ansioso ou negativo aparecer em sua mente, você pode combatê-lo com questionamentos. Esse cenário que estou imaginando possui mesmo chances de acontecer? Essa preocupação com algo que ainda não aconteceu é mesmo válida? Qual é o pior cenário segunda a minha perspectiva e qual é o cenário mais realista?
Você pode responder essas perguntas mentalmente ou anotar as suas respostas em um bloco de notas ou aplicativo. Dessa maneira, o seu cérebro aos poucos compreenderá que não há necessidade de ficar tão preocupado com o objeto dos seus pensamentos. Além disso, você terá mais confiança para enfrentar as situações que tanto tem medo.
9. Ofereça apoio
Já se outra pessoa está em crise, você pode dizer palavras apaziguadoras para acalmá-la, como “está tudo bem” e “daqui a pouco a crise vai passar”. Evite falar que nada está acontecendo. É ideal confirmar a crise de ansiedade para que a pessoa ansiosa entenda que aquilo é passageiro.
Você também pode tentar distrair a pessoa ao conversar com ela sobre assuntos agradáveis ou memórias calorosas. O contato físico pode não ser bem-vindo, então se ela não quiser um abraço ou qualquer tipo de toque, não force.
O que é bom para aliviar a ansiedade?
Tem como aliviar a ansiedade? Sim, mas os cuidados com devem ser cuidados diários ou corriqueiros para que sejam efetivos. Cuidados ocasionais não têm o efeito desejado porque o corpo não tem tempo para se acostumar apropriadamente com eles.
Se você tem ansiedade, é ideal adotar técnicas para aliviar a angústia, nervosismo e eventuais sintomas físicos e praticá-las sempre que tiver uma forte reação, mas, sobretudo, para manter um estado emocional de tranquilidade todos os dias.
1. Tenha uma rotina organizada
Uma rotina organizada é um dos principais inimigos da ansiedade. Quando você sabe o que precisa fazer ao longo do dia e tem horários reservados para cada afazer, as chances de encontrar imprevistos são reduzidas. Embora ainda possam acontecer, porque não temos absoluto controle sobre a vida, a probabilidade diminui consideravelmente.
A rotina dá uma sensação de segurança e conforto às pessoas ansiosas, que se sentem no controle de suas próprias vidas.
2. Tenha momentos de relaxamento
Na sua rotina diária, encontre momentos para praticar o relaxamento, como, por exemplo, após o despertar, antes de dormir ou intervalo do trabalho. Nesses períodos, faça uma meditação curta, tome um chá quente e relaxante, saia para caminhar, faça exercícios de respiração ou de visualização.
Você pode demorar para encontrar a atividade de relaxamento ideal, mas, quando isso acontecer, repita-a diariamente ou com frequência. O seu cérebro irá se acostumar com a prática e, assim que você começar a fazê-la, o corpo e a mente estarão prontos para relaxar.
3. Pratique a gratidão
A gratidão é uma técnica que pode ajudar a acalmar a inquietação. Quando você agradece as coisas boas da sua vida, a sua atenção é levada para esses fatores e você começa a refletir sobre eles automaticamente.
Essas reflexões te ajudam a perceber que o mundo não é tão ruim quanto os seus pensamentos querem te convencer. Mesmo na adversidade, é possível encontrar coisas boas pelas quais você pode agradecer.
4. Se conheça
O autoconhecimento é um elemento importante para aliviar a ansiedade. Isso porque quando você se conhece, sabe identificar quais situações despertam mais ansiedade. Assim, você consegue encontrar maneiras de responder adequadamente a elas, criando uma fórmula única para você.
Além disso, quando você sabe quais situações despertam ansiedade, você consegue trabalhar dentro de você para entender o porquê disso. Entender a razão pela qual ela tão forte pode abrir a sua mente para comportamentos e pensamentos que devem ser modificados para que você seja mais feliz.
5. Faça atividades físicas
Praticar atividades físicas é benéfico para prevenir e tratar sintomas de diversas condições de saúde mental, como ansiedade, depressão e burnout.
Por isso, os psicólogos recomendam a mudança de hábitos junto com o tratamento psicoterapêutico e a prática de exercícios é uma das sugestões mais comuns. Mas quais os exercícios mais adequados para a ansiedade?
Você pode praticar qualquer atividade física que quiser, seja musculação, atividades aeróbicas ou esportes individuais ou coletivos. Basta encontrar uma razão para movimentar o corpo por, pelo menos, 20 minutos durante a semana.
6. Faça terapia
A terapia para a ansiedade se faz necessária quando a vida do paciente é dominada por ela. Conversar com um psicólogo sobre os seus problemas pode parecer intimidador, mas ignorar a seriedade dos sintomas da ansiedade causa prejuízos a curto e longo prazo.
A terapia ajuda o paciente a compreender como a ansiedade se manifesta, quando ela é mais intensa e como responder apropriadamente a ela. Deste modo, ele adquire autoconhecimento para desenvolver hábitos saudáveis e controlar as emoções no dia a dia, fortalecendo a inteligência emocional.
Como o psicólogo trata a ansiedade?
É sempre importante ressaltar que o trabalho na psicoterapia depende dos dois: psicólogo e paciente.
Antes de qualquer coisa, é importante que o paciente esteja aberto a compreender novas questões que possam surgir, e ajudar o psicólogo a interpretar as diferentes formas que o paciente possa ter de comportar-se diante de situações de ansiedade.
Assim, o psicólogo terá o objetivo de entender o que ocasiona os episódios de ansiedade do paciente, principalmente quando isto passa a ser algo corriqueiro. Sentir ansiedade vez ou outra é normal e todos nós sentimos.
O problema está quando isso se torna parte do dia-a-dia e o paciente percebe que se sente o tempo todo ansioso, que está o tempo todo esperando por algo, sendo que sequer existe algo previsto para acontecer.
Na psicoterapia são trabalhados os pontos que podem causar mais tensão na vida do paciente, e o porquê de ele sentir-se assim frequentemente.
O objetivo é mostrar ao paciente quais as formas de lidar com isso, como proceder quando sentir que a ansiedade está incomodando, ou mesmo prever quais situações poderão deixá-lo ansioso, onde ele já poderá ter ferramentas para enfrentar isso.
Como disse anteriormente, estar ou ser ansioso não é predominantemente um problema, desde que isso não atrapalhe a rotina ou mesmo as demais pessoas ao redor.
E, lembre-se: a ansiedade pode, sim, ser tratada e o tratamento adequado pode diminuir e até eliminar as crises de ansiedade, proporcionando maior conforto e qualidade de vida ao paciente.
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Autor: psicologa Letícia Batista Lopes - CRP 06/168484Formação: A psicóloga Letícia Lopes é graduada em Psicologia pela Universidade Paulista, possui formação em TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) pelo CETCC; pós-graduada em Psicopatologia e Saúde Mental pelo CEPPS e Mentoria em TCC com Anna Polak...
Preciso de ajuda, parece que não consigo sair dessa situação sinto cansadas muito
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