Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Letícia Batista Lopes - Psicólogo CRP 06/168484
A ansiedade social é uma condição de saúde mental frequentemente debatida.
Na internet, principalmente, muitas pessoas especulam ser socialmente ansiosas por não se sentirem confortáveis em situações sociais.
Mas será que todo tipo de ansiedade em momentos sociais são culpa da ansiedade social? Neste post, abordamos as características desta condição.
O que é ansiedade social?
A ansiedade social, ou transtorno de ansiedade social, constitui-se no medo ou ansiedade acentuados a partir da crença de que o indivíduo está sendo julgado.
Pessoas socialmente ansiosas temem, acima de tudo, o julgamento alheio.
Deste modo, sentem-se apreensivas em situações sociais. Ao mesmo tempo, querem esconder a sua ansiedade para evitar causar uma má impressão nos outros.
Então, o problema é que elas não conseguem mascarar esse sentimento tão intenso e acabam concretizando o seu próprio medo: de expor a sua ansiedade.
As preocupações excessivas com o próprio desempenho acabam prejudicando a sua performance profissional, relacionamento, vida social e os momentos que requerem falar em público, como apresentações ou conversas com desconhecidos em eventos sociais.
Assim, a ansiedade social inunda a mente do indivíduo ansioso de possíveis cenários trágicos, impedindo que ele se concentre no que está realmente acontecendo.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM V, há um subtipo de ansiedade social ligado somente ao desempenho.
Neste caso, o indivíduo só fica ansioso em situações que estão relacionadas a qualidade da sua performance, seja no trabalho, na universidade, no círculo social, entre outros.
Qual é a diferença entre ansiedade social e fobia social?
Segundo o DSM V, a ansiedade social também pode ser chamada de fobia social.
As fobias específicas recebem esse nome por despertarem medo ou pânico em relação a um único objeto, como um animal ou uma situação específica.
Sendo assim, se você já ouviu algum desses termos, saiba que eles se referem à mesma condição de saúde mental.
Como saber se você tem ansiedade social?
Se você fica extremamente ansioso em situações sociais, é possível que tenha ansiedade social.
A timidez, por exemplo, também pode ser uma possibilidade, dado que desencadeia uma apreensão semelhante em situações de socialidade.
Para distinguir esse traço de personalidade da ansiedade social, confira os sintomas da condição de saúde mental abaixo:
- Medo de agir de ‘forma errada’ e atrair o julgamento alheio;
- Evitamento de situações sociais;
- Medo de ser julgado como maluco, desagradável, estranho, estúpido, entre outros;
- Não conseguir acalmar a ansiedade em momentos de socialização;
- Medo ou ansiedade desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social;
- Pensamentos trágicos sobre o que pode acontecer na situação social;
- Medo de deixar transparecer sintomas ansiosos, como tremer, ruborizar, titubear, transpirar, entre outros;
- Apreensão ao encontrar pessoas que não são familiares;
- Excesso de preocupação; e
- Crises de ansiedade, ou ataques de pânico, em situações sociais.
As crianças também podem ter ansiedade social.
Embora grande parte dos sintomas sejam semelhantes em adultos, adolescentes e crianças, os pequenos sentem a ansiedade de um modo diferente em razão do seu baixo alcance emocional.
Por exemplo, as crianças choram, tem ataques de raiva, agarram-se aos pais ou objetos de valor sentimental, tem dificuldade para falar, encolhem-se ou escondem-se para evitar se socializar, tem pesadelos, entre outros.
Se você percebeu muitos desses comportamentos em você ou em pessoas próximas, procure um psicólogo ou aconselhe o ente querido a fazer terapia.
Quanto mais cedo o diagnóstico é feito o diagnóstico de condições de saúde mental, mais fácil é o tratamento.
O que leva uma pessoa a ter ansiedade social?
O transtorno de ansiedade social pode aparecer ainda na infância, a partir dos oito anos de idade.
O seu desenvolvimento é igualmente comum no início da adolescência, por volta dos 12 anos.
Assim, crianças demasiadamente tímidas podem se tornar adolescentes e adultos socialmente ansiosos se não trabalharem as suas habilidades sociais e autoestima.
Experiências estressantes ou humilhantes, como bullying, vivências negativas em eventos sociais ou criação rígida ou opressiva, estimulam emoções e pensamentos ansiosos ou pessimistas em relação ao convívio social.
Assim, o indivíduo evita momentos sociais para não reviver o mesmo sofrimento do passado, incapaz de compreender que pode mudar a maneira como conduz ou reage às situações sociais.
O início da condição de saúde mental na vida adulta é mais raro, mas ainda pode acontecer.
Situações normalmente vistas como positivas, mas que despertam muito estresse também podem elevar os níveis de ansiedade de modo desproporcional.
Por exemplo, ser promovido e não se sentir confiante para assumir tantas responsabilidades ou se casar e não acreditar ser capaz de corresponder às expectativas do cônjuge e da sua família.
A falta de autoestima tende a dar origem a essas crenças pessimistas.
Fatores genéticos e fisiológicos, por exemplo, também influenciam o desenvolvimento desta condição de saúde mental.
Crianças com alta inibição comportamental, que pode ser uma característica intrínseca dela ou adquirida em resposta a situações sociais estressantes, são mais suscetíveis à ansiedade.
Do mesmo modo, quem tem casos de ansiedade social ou outras condições relacionadas à ansiedade na família possui mais probabilidade de desenvolver essa ou outras condições em algum momento da vida.
Como tratar a ansiedade social?
Pessoas socialmente ansiosas podem buscar o médico psiquiatra ou psicólogo para tratar a ansiedade desencadeada em momentos sociais.
Na terapia, o paciente ansioso aprende como esse sentimento se manifesta na sua vida, como, por exemplo, em quais momentos ele é mais forte e de que maneira ele afeta o seu aproveitamento deles.
De posse desse conhecimento, consegue compreender quais são os seus gatilhos da ansiedade.
Também consegue identificar os medos, preocupações e crenças por trás da ansiedade.
Neste processo, ele é encorajado a refletir sobre as suas experiências de vida (com ênfase na infância, onde se iniciam a maioria dos traumas).
Sendo assim, consegue ter uma visão mais profunda de sua própria personalidade, comportamento e modo de pensar.
Esse processo de autoconhecimento acontece naturalmente durante as sessões e ajuda as pessoas a encontrar outros modos de conduzir as suas vidas.
Normalmente, quem vive experiências ruins no passado fica ‘preso’ nelas, com medo de revivê-las ou respondendo a vivências atuais como se estivesse respondendo as do passado.
O psicólogo também ensina os pacientes ansiosos estratégias para lidar com a ansiedade no dia a dia, como controle emocional, controle de pensamentos negativos, técnicas de relaxamento, entre outros.
Dependendo da abordagem do profissional, ele também pode dar ‘tarefas de casa’ para estimular o paciente a fazer os movimentos de mudança necessários para curar a ansiedade social.
Como conviver com a ansiedade social?
Confira algumas dicas para conviver bem com a ansiedade social no dia a dia. Lembrando que o tratamento é sempre necessário.
1. Aceite a ansiedade
Aceite os comportamentos ansiosos. Pessoas socialmente ansiosas temem o julgamento e uma das maneiras de combater esse temor é aceitando a sua ansiedade.
Grande parte das pessoas percebe quando outra está ansiosa porque são mais detalhistas ou também se sentem ansiosas ocasionalmente, então a tentativa de escondê-los sempre tende a ser malsucedida.
Não há nada de mais em estar ou ser ansioso. Você não precisa agir como se isso fosse motivo de vergonha. Afinal, como dito, todo mundo passa por isso.
2. Desenvolva técnicas de controle da ansiedade
Quem convive com a ansiedade precisa desenvolver técnicas para controlá-la e evitar que ela atrapalhe o seu funcionamento no dia a dia.
Entre elas estão técnicas de respiração profunda, meditação, caminhada, leitura, visualização, yoga, escrita e terapia.
A prática constante é fundamental para diminuir a ansiedade no cotidiano e reduzir o seu impacto no momento de manifestação.
3. Tenha uma rede de apoio
Recorra às pessoas de confiança em momentos de ansiedade extrema, como familiares, amigos e cônjuge.
É importante ter uma rede de apoio sólida em que o respeito mútuo e a empatia são predominantes.
Se possui relacionamentos que despertam apenas emoções e pensamentos negativos, reflita sobre a qualidade dessas conexões. Será que vale a pena continuar mantendo-a?
4. Mude os seus pensamentos
Faça um exercício de autorreflexão para identificar quais são as suas opiniões e crenças acerca de relações sociais.
Quem tem ansiedade social instiga pensamentos que fortalecem a ansiedade em momentos sociais e minam a autoestima.
Então, procure mudar o seu modo de pensar, transformando crenças negativas em realistas.
Em vez de alimentar cenários trágicos, pense sobre o que realmente há chances de acontecer naquele momento.
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Autor: psicologa Letícia Batista Lopes - CRP 06/168484Formação: A psicóloga Letícia Lopes é graduada pela Universidade Paulista, pós-graduada em Saúde Mental pelo CEPPS e possui formação em TCC Terapia Cognitivo Comportamental pelo CETCC. Atua em seus atendimentos utilizando predominantemente a abordagem Humanista.