Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Adriana Jaqueline Costa Rodrigues Braga - Psicólogo CRP 06/128616
A relação entre as emoções e a alimentação é complexa e muitas vezes desafiadora. Por isso, descontar questões emocionais na comida é tão comum.
Comer emocionalmente, o ato de recorrer à comida como uma forma de lidar com sentimentos difíceis, pode ter implicações significativas para a saúde física e mental.
Se você sofre do hábito de comer quando se sente mal emocionalmente, continue lendo para descobrir o que fazer para evitar esse tipo de atitude.
Por que algumas pessoas comem quando se sentem mal psicologicamente?
Descontar cargas psicológicas na comida muitas vezes está relacionado a fatores emocionais, psicológicos e sociais.
Isso porque o alimento, nesses casos, é associado a sentimentos de conforto e segurança e pode proporcionar uma sensação temporária de alívio emocional, agindo como uma distração das emoções difíceis.
Além disso, o estresse desencadeia respostas fisiológicas que podem aumentar a vontade de comer.
Muitas pessoas buscam alimentos como uma forma de aliviar situações estressantes e restaurar um senso de equilíbrio, já que isso pode servir como uma forma de distração das emoções negativas, proporcionando um foco temporário em algo prazeroso.
O nervosismo e a inquietação causados pela ansiedade também é outra razão pela qual as pessoas buscam a comida.
O mesmo ocorre com o desconforto emocional da depressão e da tristeza, que fazem com que a pessoa busquem algum tipo de estimulante.
Ou seja, principalmente nesses casos, descontar na comida, principalmente alimentos ricos em açúcar e gordura pode desencadear a liberação de neurotransmissores no cérebro, proporcionando uma sensação temporária de prazer e recompensa.
Aliás, certos itens podem influenciar na produção de hormônios relacionados ao bem-estar, como a serotonina, o que pode temporariamente melhorar o humor.
Por fim, ainda é preciso considerar que algumas pessoas aprendem desde a infância a associar a comida a momentos de conforto ou recompensa, criando padrões que persistem na vida adulta.
No geral, o comer emocional ocasional não é necessariamente problemático, mas quando se torna uma estratégia principal de enfrentamento, pode contribuir para distúrbios alimentares e impactar negativamente a saúde geral.
Quais as consequências de comer emocionalmente?
O hábito de descontar cargas psicológicas na comida pode levar ao desenvolvimento de distúrbios alimentares e problemas de saúde mental. Alguns dos distúrbios alimentares associados ao comer emocional incluem:
Transtorno da Compulsão Alimentar (TCA)
Caracterizado por episódios recorrentes de compulsão na ingestão de alimentos, em que a pessoa consome grandes quantidades de comida em um curto período, muitas vezes sentindo uma falta de controle durante esses episódios.
Esse é o caso mais comum associado a questões psicológicas, já que muitos desses episódios ocorrem devido a altos níveis de estresse, ansiedade ou depressão, por exemplo.
Bulimia Nervosa
Envolve episódios de compulsão alimentar seguidos por comportamentos compensatórios, como vômitos autoinduzidos ou uso excessivo de exercícios físicos.
Após a grande ingestão de alimentos, algumas pessoas podem sentir culpa e tentar colocar para fora aquilo que foi consumido. Essa ação também está associada a distúrbios de imagem, já que também está relacionado com o medo de engordar.
Obesidade e outros problemas físicos de saúde
O comer emocional pode contribuir para o ganho de peso excessivo, o que, por sua vez, aumenta o risco de desenvolver problemas de saúde relacionados à obesidade.
Lembrando que o consumo excessivo de alimentos não saudáveis em resposta a emoções pode levar a problemas de saúde física, como diabetes, doenças cardíacas e hipertensão.
Isolamento Social
O comportamento de comer emocionalmente pode levar ao isolamento social, à medida que a pessoa se retira de atividades sociais devido a preocupações com a alimentação.
Afinal, muitas pessoas preferem se afastar para poder comer sem julgamentos.
Passos para não descontar cargas psicológicas na comida
Mudanças de hábitos levam tempo, e é importante ser gentil consigo mesmo durante esse processo. Aqui estão alguns passos que podem ajudar a evitar essa prática e promover uma relação mais saudável com a comida:
1. Autoconsciência
Reconheça quando estiver comendo por razões emocionais em vez de fome física.
Esteja atento aos sinais de fome e saciedade do seu corpo.
Você pode, por exemplo, pensar se realmente está com fome pensando em quanto tempo faz desde a sua última refeição, se é comum querer comer naquele horário, ou se essa vontade surgiu imediatamente depois de acontecer uma situação adversa que te deixou nervoso.
2. Identifique gatilhos emocionais
Identifique situações ou emoções que desencadeiam o desejo de comer emocionalmente.
Anote seus sentimentos antes, durante e após as refeições.
Descobrir o que está por trás das suas motivações de se alimentar a qualquer hora é importante para poder tratar a situação.
Por exemplo, será que você come por conta de maus comentários de pessoas ao seu redor, ou de alguém específico? Esses comentários são algo mais sério, como bullying? Ou você come quando se sente sozinho? Ou quando percebe que tem muitas exigências no trabalho/nos estudos?
São várias opções e vai depender da sua rotina. Mas o importante é que você consiga fazer essa avaliação dos seus próprios gatilhos.
3. Envolva-se em atividades alternativas
Desenvolva estratégias alternativas para lidar com o estresse, como exercícios, meditação, leitura ou hobbies.
Dependendo do tipo de hobby, além de ajudar a aliviar a tensão emocional — já que muitos deles também liberam hormônios e neurotransmissores associados ao prazer —, também pode ser possível acabar com a fonte de estresse que está te motivando a comer mais.
4. Mantenha um diário alimentar
Registre o que você come e seus sentimentos associados. Isso pode ajudar a identificar padrões e fornecer insights sobre seus hábitos alimentares emocionais.
5. Estabeleça rituais alimentares saudáveis
Crie hábitos alimentares regulares e saudáveis, com refeições equilibradas e lanches nutritivos.
Também é importante ter uma rotina de horários de alimentação. Não pule nenhuma refeição e tente fazer com que todos os dias você coma regularmente em períodos do dia parecidos. Isso ajuda a manter o seu mapeamento.
6. Desenvolva habilidades de enfrentamento
Aprenda a lidar com o estresse de maneiras mais construtivas, como comunicação eficaz, resolução de problemas e busca de apoio.
7. Pratique a atenção plena
Esteja presente no momento enquanto come, prestando atenção à textura, sabor e cheiro dos alimentos. Evite comer distraído, assistindo TV ou usando dispositivos eletrônicos.
Essa atitude é importante para que você tenha consciência de que está comendo naquele momento, o que está ingerindo e em qual quantidade, além de perceber sinais do corpo relacionados à satisfação.
8. Desenvolva uma relação positiva com a comida
Veja a comida como fonte de nutrição e prazer, em vez de uma maneira de lidar com emoções negativas.
Para isso, evite comprar alimentos prontos ou industrializados e pratique o hábito de cozinhar.
Assim, você enxerga cada alimento que é colocado naquele prato, entende o sabor de cada um e se surpreende com o resultado — além de se distrair enquanto prepara a refeição.
9. Conecte-se com outras pessoas
Busque apoio emocional de amigos, familiares ou profissionais.
Compartilhar suas emoções pode ajudar a reduzir a necessidade de descontar na comida.
10. Procure ajuda profissional:
Se você estiver lutando para controlar seus hábitos alimentares emocionais, considere buscar a ajuda de um nutricionista e um psicólogo.
Isso é essencial para que você consiga fazer uma reeducação alimentar enquanto trata a raiz do problema que te leva a comer emocionalmente.
Busque um profissional do Psicólogos Berrini para começar seu tratamento.
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Autor: psicologa Adriana Jaqueline Costa Rodrigues Braga - CRP 06/128616Formação: A psicóloga Jaqueline Braga possui mais de 10 anos de experiência em Psicologia Clínica. É especialista Comportamental DISC pela Etalent Internacional e pós-graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental pela Universidade Anhanguera. Além disso, também possui pós-graduação em Psicologia...