Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Marcela Garcia Manochio - Psicólogo CRP 06/120952
Não é incomum encontrar pessoas que confundem psicopatia e sociopatia. Afinal, ambas as condições compartilham muitos traços comportamentais do Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS).
No entanto, essas patologias possuem várias diferenças, que precisam ser conhecidas a fim de que seja feito o diagnóstico correto e o tratamento adequado.
Dessa forma, preparamos este conteúdo completo para falar sobre cada uma dessas condições e pontuar as distinções entre elas. Boa leitura!
O que é psicopatia?
A psicopatia é uma condição na qual o indivíduo possui uma personalidade altamente manipuladora, calculista, mentirosa e que desrespeita e viola as normas da sociedade.
Um ponto importante dessa condição é que o psicopata não consegue criar vínculo emocional com nenhuma pessoa. Ele está interessado apenas em satisfazer o seu próprio ego, portanto, não consegue desenvolver a empatia.
De acordo com alguns estudos, 1% da população mundial possui a psicopatia. Apesar de aparentemente ser um número pequeno, é necessário pensar que ele representa milhões de pessoas.
Quais são as características de um psicopata?
Para que fique mais clara essa condição, a seguir, vamos evidenciar as principais características de um psicopata. São elas:
- Egocêntrico
- Manipulador
- Carismático
- Cauteloso
- Paciente
- Articulado
- Incapaz de ser empático
- Mentiroso patológico
- Não se preocupa com as consequências de seus atos
- Incapaz de sentir remorso
- Não consegue criar vínculos
- Finge sentimentos e emoções
Como diagnosticar a psicopatia?
O diagnóstico da psicopatia deve ser realizado por um psiquiatra por meio de uma análise comportamental e de testes de personalidade, como o Teste de Rorschach. Por meio dele, é possível avaliar a personalidade e as emoções do paciente.
Outro recurso que também pode ser utilizado para o diagnóstico dessa patologia é a Escala de Robert Hare. Nela, o especialista entrevista o possível psicopata e o classifica em 20 critérios, dentro de uma escala de 3 pontos cada uma delas.
Se na soma final o indivíduo obtiver uma pontuação igual ou superior a 30 pontos, então há grandes chances de ele realmente ser considerado como um psicopata.
No entanto, apesar dessas ferramentas, convém mencionar que é muito difícil diagnosticar a psicopatia. É necessário que o profissional seja especializado nessa área.
O que é sociopatia?
A sociopatia consiste em uma condição na qual o indivíduo também apresenta comportamentos que violam as normas da sociedade e os direitos dos outros.
Entretanto, geralmente, os sociopatas possuem um comportamento agressivo e explosivo e se irritam facilmente, um ponto que os diferencia dos psicopatas.
Outra característica que os diferencia é o fato de o sociopata conseguir criar laços de afetividade com as pessoas ao seu redor. Porém, devido à sua personalidade e comportamento, não conseguem manter relações saudáveis, obviamente.
De acordo com alguns estudos, 4% da população mundial possui a sociopatia.
Quais são as características de um sociopata?
Os sociopatas apresentam algumas características similares aos dos psicopatas, mas existem outras bem diferentes. A seguir, vamos conferir as principais:
- Aparenta sempre estar perturbado
- Desorganizado
- Espontâneo
- Agressivo
- Explosivo
- Possui comportamento volátil
- Articulado
- Manipulador
- Dominador
- Impulsivo
- Irresponsável
- Autoconfiante
- Teimoso
Como diagnosticar a sociopatia?
O diagnóstico da sociopatia deve ser realizado por um profissional especializado na área. É preciso que o paciente tenha, no mínimo, 18 anos de idade e que apresente os traços da sociopatia desde os 15 anos de idade.
Isso porque é necessário que os sinais se mantenham por um período prolongado, para que não seja confundido com outro transtorno de personalidade.
Dessa forma, o profissional capacitado utiliza testes, além de uma análise comportamental detalhada, para se chegar ao diagnóstico correto.
Mas, afinal, quais são as principais diferenças entre psicopatia e sociopatia?
Até aqui, vimos um pouco sobre as características da psicopatia e sociopatia, certo? Mas ficaram claras as diferenças entre ambas as condições para você?
Para que não fiquem dúvidas, listamos as principais distinções entre elas. Veja só!
1. Forma como se desenvolvem
Para os estudiosos, as origens da psicopatia e sociopatia são diferentes.
A primeira é considerada uma condição inata, isto é, acredita-se que o indivíduo já nasça com uma estrutura cerebral diferente (psicopatas têm menos conexões entre algumas estruturas que regulam as emoções e o comportamento social), o que favorece o surgimento do transtorno.
Por outro lado, a sociopatia se apresenta como uma condição que surge a partir das trocas sociais e do ambiente no qual o indivíduo está inserido. Inclusive, é comum que os sociopatas tenham vivenciado experiências traumáticas na infância.
2. Sociopatas podem sentir remorso ou culpa
Diferentemente dos psicopatas, os sociopatas são capazes de sentir culpa ou remorso ao machucarem algumas pessoas. Isso se justifica, em partes, por ser uma condição adquirida ao longo da vida, diferentemente da psicopatia.
Portanto, por mais que os sociopatas violem os direitos alheios, em alguns momentos eles podem se sentir mal por isso.
3. Sociopatas podem estabelecer laços
Outra característica que difere os sociopatas dos psicopatas é que os primeiros conseguem estabelecer vínculos afetivos com amigos e familiares. Essa é uma questão que também tem a ver com o fato de ser uma patologia adquirida ao longo da vida.
4. Psicopatas são mais calculistas
Como mencionamos, os sociopatas possuem comportamento explosivo e se irritam facilmente. Ou seja, possuem um autocontrole muito menor do que os psicopatas.
Esses, por sua vez, são extremamente calculistas e manipuladores, o que significa que conseguem manter o controle emocional com muito mais facilidade.
Assim, enquanto psicopatas costumam organizar e planejar seus crimes, os sociopatas cometem os seus delitos de forma mais espontânea e impulsiva.
5. A psicopatia é mais grave do que a sociopatia
Em razão de todas as diferenças apresentadas anteriormente, pode-se dizer que a psicopatia é um transtorno mais grave e severo do que a sociopatia.
Inclusive, alguns estudiosos afirmam que todos os psicopatas são sociopatas, mas os sociopatas não necessariamente são psicopatas.
É possível tratar a psicopatia e a sociopatia?
Apesar de não possuir cura, tanto a psicopatia quanto a sociopatia podem ser tratadas. Entretanto, convém mencionar que não existe um tratamento roteirizado. Esse deve ser individualizado, levando em consideração a gravidade da patologia, se o indivíduo possui algum outro transtorno, entre outros aspectos.
Porém, dentre os tratamentos mais utilizados estão o acompanhamento psicológico e o uso de medicamentos psiquiátricos. Ambos têm a finalidade de aliviar os sintomas e modificar de alguma forma os padrões de comportamento do indivíduo.
No caso da sociopatia, por ser uma condição mais branda e que não está relacionada com problemas estruturais do cérebro, os resultados tendem a ser mais satisfatórios do que para indivíduos psicopatas.
O mais importante é que haja uma intervenção no quadro, uma vez que indivíduos sociopatas e psicopatas colocam em risco a integridade física dos outros, além de não conseguirem ter qualidade de vida.
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Autor: psicologa Marcela Garcia Manochio - CRP 06/120952Formação: Formada há mais de 10 anos pela Universidade de Franca, especialista em Psicoterapia Psicanalítica, membro do Núcleo NEOTA, possui experiência em atendimentos de adultos e terapia de casal, com foco em demandas como transtornos de ansiedade, relacionamentos, conflitos profissionais, depressão...