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Segundo os psicólogos, de coadjuvantes no passado, os jovens passaram a ter o papel principal em filmes, documentários, livros, nas artes e na música. A mídia reforça a imagem de que ser jovem é ter o poder da liberdade, da beleza…
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Este “empoderamento” vem se acentuando e, não seria exagero dizer que a noção de juventude do senso comum pode ser designada como um estado de espírito e/ou como um valor positivo em si mesmo, representando qualidades como disposição e inovação.
Ser jovem virou clichê publicitário; slogan para uma vida prazerosa. Não é à toa, então, que todos querem ser ou pelo menos parecer parte desta categoria.
A transformação dos jovens em fatia privilegiada do mercado de consumo aconteceu nos EUA após a 2ª Guerra Mundial e foi rapidamente incorporada ao resto do mundo capitalista.
A filosofia do consumo favoreceu uma cultura juvenil altamente hedonista e individualista, sem espaço para a expressão do sofrimento e culpa, já que o discurso que vem vigorando é o prazer a todo o momento e a qualquer preço, sobretudo no que diz respeito às sensações de adrenalina, drogadição e orgasmo.
A imagem do adolescente desajeitado, antissocial e mal cuidado do passado, se transformou em modelo de sensualidade para todas as faixas etárias. Com isto, a juventude não é mais encarada na sua negatividade, no qual o jovem é um “vir a ser”. A posição marginalizada de outrora deu lugar ao convite que a sociedade atual faz à juventude eterna.
E é justamente o que tem sido verificado nos países ocidentais: o prolongamento juvenil, marcado por três aspectos interligados: a extensão da vida estudantil, o adiamento da entrada no mercado de trabalho e a permanência prolongada na casa dos pais.
Estes aspectos obrigam o jovem a viver cada vez mais tempo dependente da família, mas gozando da liberdade dos adultos.
Diante da aparente felicidade que a cultura jovem faz questão de exibir, sobretudo nas redes sociais, pode parecer contraditório constatar nos consultórios de psicologia o aumento da depressão e ansiedade juvenil; a angústia ao tentar corresponder às expectativas da pós-modernidade; a ansiedade ao se reafirmarem como a principal fonte de transformação social; a paradoxal solidão, quando afirmam terem mil amigos; o pânico ao entrar no mundo adulto sem modelos identificatórios sólidos, já que seus pais preferem se comportar como amigos, compartilhando das transgressões e dos estilos de vida dos filhos.
Como os jovens “necessitam” ostentar a vida perfeita, o sofrimento é vivenciado às escondidas.
Muitos não se sentem confortáveis em dividir suas aflições e acreditam não precisar de ajuda, pois seguem a ideologia atual: sofrer é coisa de idiota, portanto quem é esperto não sofre.
Mas como os considerados espertinhos “burlam” algo tão inerente à condição humana como o sofrimento?
Frequentemente através de remédios controlados, drogas ilícitas, álcool, vandalismo, violência, abusos sexuais e por aí vai.
O jovem que busca a ajuda de um psicólogo e tem coragem para trabalhar os próprios dilemas consegue fazer uma retificação subjetiva, ou seja, o sujeito passa a se deparar com questões que escapam à sua consciência, mas que também o determinam.
Desta forma, com o auxílio da psicoterapia, ele se reposiciona diante das suas queixas, das suas relações e, sobretudo, diante de seu discurso.
O caminho para a vida adulta passará pela responsabilização das próprias escolhas, já que esta caminhada não depende apenas da passagem por determinadas etapas de vida, depende principalmente do desejo e da identificação do jovem enquanto um adulto.
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Autor: psicologa Natalia Queiroz Nunes de Oliveira - CRP 06/117294Formação: Especialista em TCC - Terapia Cognitiva Comportamental, com foco em terapia individual para adultos, terapia de casal e demandas como ansiedade, conflitos conjugais, estresse, depressão e carreira. Com formação em Inteligência Emocional, cursa especialização em…