Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Adriana Jaqueline Costa Rodrigues Braga - Psicólogo CRP 06/128616
As microagressões são manifestações sutis de preconceito que ocorrem no cotidiano, muitas vezes de forma não intencional.
Elas podem parecer inofensivas ou até mesmo bem-intencionadas, mas seu impacto psicológico é profundo e duradouro para quem as sofre.
Leia mais e entenda!
O que são microagressões?
Microagressões são comentários, atitudes ou comportamentos que, mesmo de forma sutil, comunicam hostilidade, desrespeito ou exclusão direcionada a pessoas com base em características como raça, gênero, orientação sexual, religião, classe social, deficiência ou aparência física.
Elas são muitas vezes disfarçadas de piadas, elogios ambíguos ou perguntas “inocentes”, sendo que alguns exemplos típicos incluem dizer a uma pessoa negra que ela é “articulada” (pressupondo surpresa por sua eloquência), perguntar a uma pessoa asiática “de onde você realmente é” (sugerindo que ela não pertence ao país onde vive), ou comentar que uma mulher é “muito sensível” ao reagir a um comentário machista.
Tipos de microagressões
Existem diferentes formas de microagressões, que podem ser classificadas de acordo com sua natureza e intencionalidade.
Microassaltos
São atos explícitos de discriminação, geralmente conscientes, como evitar sentar-se ao lado de alguém por causa da cor da pele ou fazer uma piada racista, mesmo que em tom de brincadeira.
Microinsultos
São comentários ou comportamentos que comunicam insensibilidade ou desvalorização de uma identidade ou grupo. Por exemplo, interromper repetidamente uma mulher em uma reunião, desconsiderando sua autoridade.
Microinvalidadores
São expressões que negam ou minimizam as experiências de grupos marginalizados. Dizer que “não vê cor” ao falar de racismo, ou afirmar que “todo mundo sofre preconceito” como resposta ao relato de uma pessoa LGBTQIAPN+ são exemplos de invalidação.
O impacto psicológico das microagressões
Embora cada microagressão possa parecer insignificante isoladamente, seu efeito cumulativo pode ser devastador para a saúde mental de quem as vivencia regularmente.
Estresse crônico
A exposição constante a microagressões gera um estado de alerta permanente. O cérebro passa a reagir como se estivesse sob ameaça, ativando o sistema de estresse e liberando hormônios como o cortisol. Esse estado contínuo contribui para o desenvolvimento de ansiedade, insônia, exaustão mental e até doenças físicas.
Dano à autoestima e identidade
Microagressões minam a autoestima porque frequentemente colocam em dúvida o valor, a competência ou o pertencimento da pessoa. Comentários repetitivos sobre a aparência, sotaque ou capacidade intelectual podem gerar sentimentos de inadequação e vergonha, mas muitos permanecem nessa situação para não perderem amigos e sofrem com o medo do abandono.
Ansiedade social e isolamento
Pessoas que sofrem microagressões com frequência podem começar a evitar determinados ambientes sociais, locais de trabalho ou círculos de amizade, por medo de novos episódios. Isso pode levar ao isolamento, à solidão e ao agravamento de quadros depressivos.
Gaslighting e confusão emocional
Muitas vezes, quem sofre microagressões se pergunta se está “exagerando” ou “sendo sensível demais”. Como esses comportamentos são sutis, é comum que a vítima não receba apoio ou que o agressor negue sua intenção ofensiva. Isso gera um processo de gaslighting, em que a vítima começa a duvidar da própria percepção.
Microagressões no ambiente de trabalho
Ambientes profissionais são um terreno fértil para microagressões, especialmente aqueles marcados por desigualdade estrutural, pouca diversidade e culturas organizacionais rígidas.
Consequências para o clima organizacional
Microagressões comprometem a confiança entre colegas, dificultam a comunicação e reduzem o senso de pertencimento. Quando não são tratadas, criam um ambiente hostil e excludente, afetando a produtividade, a inovação e a retenção de talentos.
Burnout e adoecimento mental
Pessoas que fazem parte de grupos sub-representados e enfrentam microagressões no trabalho tendem a ter níveis mais altos de burnout. A constante necessidade de se provar, de se explicar ou de lidar com comentários ofensivos drena a energia emocional e mental.
O papel da linguagem nas microagressões
A linguagem é uma das ferramentas mais poderosas na perpetuação de microagressões. Expressões cotidianas, provérbios, piadas ou elogios “camuflados” podem carregar significados preconceituosos.
Elogios ambíguos
Elogios que escondem um viés preconceituoso, como “você nem parece gay” ou “você é bonita de rosto” para pessoas gordas, reforçam estereótipos e transmitem que há algo de errado em ser quem se é.
Piadas e ironias
Brincadeiras com temas de raça, gênero, sexualidade ou corpo muitas vezes são usadas como escudo para o preconceito. Quando confrontadas, as pessoas costumam dizer que “foi só uma piada”, invalidando o desconforto do outro.
Como identificar se você comete microagressões
Muitas vezes, quem comete microagressões não o faz com intenção de ferir. Por isso, é importante desenvolver consciência e escuta ativa para identificar e corrigir comportamentos prejudiciais.
Reflita sobre seus comentários
Pergunte-se: meu comentário reforça algum estereótipo? Eu diria isso a uma pessoa fora desse grupo? Se a resposta for não, é provável que haja uma microagressão.
Ouça quando alguém aponta uma microagressão
Em vez de reagir com defensiva ou justificativas, escute com empatia e tente compreender o impacto do que foi dito ou feito. O foco deve estar em quem sofreu a ofensa, não em provar que você tinha boas intenções.
Como lidar com microagressões
Para quem sofre microagressões, o enfrentamento pode ser emocionalmente exaustivo. No entanto, existem estratégias que podem ajudar a proteger a saúde mental.
Nomear a microagressão
Quando possível e seguro, dar nome ao ocorrido pode ser uma forma de se proteger e também de educar o outro. Frases como “esse comentário é ofensivo” ou “isso me deixou desconfortável” podem marcar limites importantes para evitar que estar com essas pessoas ou em determinadas situações se transformem em um gatilho mental.
Buscar apoio
Conversar com pessoas de confiança, colegas de trabalho ou grupos de apoio pode ajudar a validar sentimentos e encontrar estratégias para lidar com essas situações. Ter aliados e uma rede de apoio faz toda a diferença.
Priorizar o autocuidado
Cuidar da saúde mental, reservar tempo para atividades que proporcionem prazer e buscar ajuda profissional são atitudes essenciais. O acompanhamento com psicólogos pode auxiliar na reconstrução da autoestima e no enfrentamento do estresse.
O papel da psicologia frente às microagressões
A psicologia tem um papel fundamental na compreensão, no enfrentamento e na prevenção das microagressões, tanto no nível individual quanto institucional.
Acolhimento e escuta ativa
Profissionais da psicologia devem estar preparados para identificar os efeitos das microagressões na saúde mental dos pacientes, criando um espaço seguro para que eles possam falar sobre essas experiências sem julgamento ou minimização.
Formação crítica e antidiscriminatória
A formação em psicologia deve incluir discussões sobre preconceitos, desigualdade social, racismo estrutural, sexismo e outras formas de opressão. Isso é essencial para que os profissionais não reproduzam microagressões no setting terapêutico.
Intervenções em instituições
Psicólogos que atuam em empresas, escolas e outras organizações podem contribuir com ações educativas, treinamentos de diversidade e estratégias de enfrentamento coletivo das microagressões, promovendo ambientes mais saudáveis e justos.
Se você sente que está sofrendo microagressões e que isso está prejudicando o seu bem-estar, o ideal é procurar apoio psicológico para poder lidar com a situação. Caso ainda não faça acompanhamento profissional, encontre o terapeuta mais indicado na plataforma Psicólogos Berrini!
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