Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Marcela Garcia Manochio - Psicólogo CRP 06/120952
Vivemos em uma época em que o tempo parece estar sempre contra nós. A sensação de urgência constante, de estar sempre atrasado ou correndo atrás do relógio, tornou-se comum.
Essa pressa cotidiana, muitas vezes romantizada como sinal de produtividade e eficiência, tem efeitos profundos sobre o bem-estar psicológico.
Entenda como a pressa afeta a saúde mental, de onde vem essa cultura acelerada, quais são os sintomas mais comuns e o que podemos fazer para desacelerar e cuidar da mente.
A origem da cultura da pressa
A pressa que sentimos no dia a dia não é um fenômeno individual, mas sim resultado de transformações sociais, econômicas e tecnológicas.
A valorização da produtividade como medida de sucesso está profundamente enraizada na sociedade contemporânea, na qual trabalhar muitas horas por dia, estar sempre disponível e conseguir realizar múltiplas tarefas ao mesmo tempo são vistos como virtudes.
Assim, essa mentalidade se manifesta desde cedo, na escola, quando crianças são cobradas por desempenho e resultados.
Na vida adulta, ela se intensifica com a lógica de mercado que associa valor pessoal à quantidade de tarefas realizadas.
Além disso, com a popularização dos smartphones, da internet e das redes sociais, as fronteiras entre trabalho, lazer e descanso tornaram-se tênues. Estamos sempre conectados, o que alimenta a sensação de que precisamos estar disponíveis o tempo todo.
Então, essa hiperconectividade contribui para uma experiência constante de urgência, e as notificações, e-mails e mensagens instantâneas criam um ambiente de pressão contínua, exigindo respostas rápidas e atenção permanente.
Sintomas da mente apressada
A pressa constante se manifesta de diversas maneiras em nosso funcionamento psicológico.
Muitos dos sintomas são confundidos com cansaço comum ou excesso de trabalho, mas na verdade indicam um estado de desequilíbrio mental.
Ansiedade constante
Um dos efeitos mais comuns da pressa crônica é a ansiedade.
Quando estamos sempre com pressa, o corpo permanece em estado de alerta, como se estivesse constantemente reagindo a uma ameaça.
Assim, isso gera uma ativação excessiva do sistema nervoso, resultando em sintomas como taquicardia, tensão muscular, insônia e pensamentos acelerados.
A ansiedade se torna um estado quase permanente, e a pessoa pode não perceber que vive assim até sofrer uma crise.
Dificuldade de concentração
A mente apressada tem dificuldade de se concentrar em uma única tarefa. Como estamos habituados a pular de uma atividade para outra, a atenção fragmenta-se.
Isso prejudica não apenas a produtividade, mas também a capacidade de absorver conteúdos, tomar decisões conscientes e manter o foco em relações interpessoais.
Então, o resultado é um cansaço mental que, muitas vezes, leva à frustração e à sensação de incompetência.
Desconexão emocional
A pressa também nos afasta de nós mesmos. Na correria, deixamos de prestar atenção em como nos sentimos, no que nosso corpo está sinalizando e em quais são nossas necessidades reais.
Assim, isso gera um distanciamento emocional que pode evoluir para quadros de apatia, desânimo e até depressão. A vida passa a ser vivida no modo automático, sem presença ou significado.
Pressa e saúde física
Os efeitos da pressa não se limitam à mente. O corpo também sente o impacto do ritmo acelerado, e muitas vezes os sinais físicos são os primeiros a aparecer.
O estresse crônico
A pressa constante alimenta o estresse crônico, uma das principais causas de doenças físicas na atualidade.
A liberação contínua de cortisol e adrenalina sobrecarrega o organismo e afeta o sistema imunológico, digestivo e cardiovascular.
Com o tempo, surgem doenças como hipertensão, gastrite, enxaqueca, insônia e até infartos. O corpo, assim como a mente, dá sinais de que está no limite.
Alterações no sono e na alimentação
Quando estamos com pressa, muitas vezes negligenciamos o sono e a alimentação.
Dormimos menos, temos insônia, comemos rápido e de forma desequilibrada.
Isso impacta diretamente a saúde mental, pois o descanso e a nutrição são pilares fundamentais do equilíbrio emocional.
A privação de sono, por exemplo, intensifica sintomas de ansiedade, irritabilidade e dificuldade de concentração.
As causas da aceleração interior
Embora o mundo externo imponha ritmo acelerado, muito da pressa que sentimos tem origem dentro de nós.
Medos, inseguranças e padrões sociais internalizados contribuem para essa sensação constante de urgência.
Medo de falhar ou de ficar para trás
Parte da pressa vem do medo de não dar conta de tudo. Tememos perder oportunidades, decepcionar pessoas ou sermos julgados por não sermos produtivos o suficiente.
Esse medo constante cria um estado de vigilância interior, em que a pessoa nunca se permite parar ou descansar. O descanso, quando acontece, é muitas vezes acompanhado de culpa.
Pressões sociais e comparações
As redes sociais alimentam comparações constantes. Vemos outras pessoas aparentando fazer mais, viajar mais, trabalhar mais, cuidar melhor de si mesmas.
Isso reforça a ideia de que estamos atrasados ou ficando para trás.
A pressão social para “ser bem-sucedido” acelera nosso ritmo e nos faz querer alcançar tudo o tempo todo, sem respeitar nossos próprios limites.
Desacelerar: dicas práticas para burlar a pressa
É possível sim, viver de forma mais calma e saudável. Desacelerar exige mudanças de hábito, disposição para olhar para dentro e coragem para contrariar expectativas sociais.
Reconhecer o problema
O primeiro passo para lidar com os efeitos da pressa sobre a saúde mental é reconhecer que há um problema.
Muitas vezes, estamos tão acostumados com esse ritmo que não percebemos o quanto ele está nos prejudicando.
Observar sintomas como ansiedade, cansaço excessivo, irritabilidade ou desânimo pode ser um sinal de alerta.
Estabelecer limites
Aprender a dizer “não” é fundamental. Não precisamos aceitar todas as demandas, estar disponíveis o tempo todo ou assumir responsabilidades que extrapolam nossa capacidade.
Estabelecer limites claros — no trabalho, nas redes sociais, nas relações — ajuda a proteger a saúde mental e recuperar o controle sobre o tempo.
Praticar o ócio consciente
Permitir-se momentos de pausa, relaxamento, descanso e lazer não é perda de tempo — é autocuidado.
Praticar o ócio de forma consciente, sem culpa, ajuda a recarregar a mente e o corpo.
Isso pode incluir atividades simples como ouvir música, ler, meditar, desenhar ou simplesmente não fazer nada por alguns minutos.
Reorganizar prioridades
Nem tudo precisa ser feito agora, e aprender a gerenciar o tempo é fundamental. Muitas vezes, a pressa nasce da dificuldade de distinguir o que é realmente urgente do que pode esperar.
Reorganizar as prioridades e assumir um ritmo mais realista de vida contribui para uma rotina mais equilibrada.
Isso envolve revisar agendas, dividir tarefas e permitir-se viver com mais calma.
Se a sensação de pressa constante estiver acompanhada de sofrimento intenso, insônia, crises de ansiedade, dificuldade para realizar tarefas básicas ou pensamentos negativos persistentes, é importante procurar ajuda profissional.
A terapia pode ser um espaço fundamental para reencontrar o equilíbrio e aprender a lidar com a aceleração interna.
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Autor: psicologa Marcela Garcia Manochio - CRP 06/120952Formação: Formada há mais de 10 anos pela Universidade de Franca, especialista em Psicoterapia Psicanalítica, membro do Núcleo NEOTA, possui experiência em atendimentos de adultos e terapia de casal, com foco em demandas como transtornos de ansiedade, relacionamentos, conflitos profissionais, depressão...
Excelente!