Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Luzia Fatima de Andrade Lobato - Psicólogo CRP 06/119285
A compulsão é um comportamento que, embora comum em diferentes graus, pode assumir proporções preocupantes quando começa a dominar a rotina, interferir nas relações e gerar sofrimento emocional.
Dessa forma, quem sofre com esse tipo de impulso frequentemente sente que perdeu o controle sobre suas próprias ações, como se estivesse preso a um ciclo de repetição que parece impossível de quebrar.
Neste artigo, vamos entender o que é a compulsão, como ela se diferencia de um vício, suas principais causas e os tipos mais frequentes. Confira!
O que é uma compulsão?
A compulsão é um impulso intenso e repetitivo de realizar um comportamento, mesmo que a pessoa reconheça que ele seja prejudicial. Esse ato geralmente surge como uma tentativa de aliviar uma tensão emocional, ansiedade ou desconforto interno, e costuma ser seguido por sentimentos de culpa ou arrependimento.
Ao contrário de um hábito, que pode ser funcional ou neutro, a compulsão causa sofrimento e tende a prejudicar a vida pessoal, profissional e social.
Quem sofre com isso relata a sensação de perda de controle, como se estivesse “obrigado” a repetir determinada ação para se sentir momentaneamente aliviado.
Além disso, esse comportamento pode estar presente em diversos transtornos, como o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtornos alimentares ou de ansiedade, sendo necessário avaliação especializada para identificar a origem e o tratamento mais adequado.
Existe diferença entre compulsão e vício?
Sim, embora muitas vezes usados como sinônimos, compulsão e vício são conceitos diferentes. Ambos envolvem a perda de controle sobre certos comportamentos, mas têm motivações distintas.
Assim, a compulsão está geralmente relacionada à tentativa de aliviar uma tensão emocional, ansiedade ou desconforto. A pessoa realiza o comportamento para se sentir momentaneamente aliviada, mesmo sem obter prazer com a ação.
Já o vício está mais ligado à busca por prazer ou recompensa, como no uso de substâncias psicoativas, jogos ou comportamentos repetitivos que geram euforia.
O que causa a compulsão?
A compulsão pode surgir a partir de uma combinação de fatores emocionais, biológicos e ambientais. Em muitos casos, ela se manifesta como uma forma de lidar com emoções difíceis, como ansiedade, tristeza, estresse ou sentimentos de vazio.
Do ponto de vista psicológico, muitas compulsões estão associadas à dificuldade de regular emoções, onde o comportamento compulsivo surge como uma “fuga” ou um alívio momentâneo para o desconforto interno. Com o tempo, esse alívio temporário reforça o hábito, criando um ciclo difícil de quebrar.
Também há influência de fatores biológicos, como desequilíbrios nos neurotransmissores do cérebro, especialmente serotonina e dopamina, que afetam o controle dos impulsos.
Além disso, experiências traumáticas, educação rígida, ambientes familiares disfuncionais e/ou excesso de cobrança podem aumentar a vulnerabilidade a comportamentos compulsivos.
Quais são os principais tipos de compulsão?
As compulsões podem se manifestar de diversas formas, variando conforme a personalidade, o histórico emocional e o ambiente em que a pessoa está inserida.
Embora compartilhem o mesmo mecanismo de repetição e perda de controle, cada tipo tem características e impactos específicos na vida de quem sofre com o problema.
Então, listamos abaixo os tipos mais comuns de compulsão, todos com potencial de causar sofrimento significativo e prejuízos à saúde física, emocional e social.
Compulsão alimentar
A compulsão alimentar é caracterizada por episódios em que a pessoa consome grandes quantidades de comida, mesmo sem fome, de forma rápida e descontrolada.
Diferente de outros transtornos alimentares, como a bulimia, não há práticas compensatórias como vômitos ou uso de laxantes. Contudo, com o tempo, essa compulsão pode gerar problemas de saúde física, como obesidade e diabetes, além de agravar questões emocionais e sociais.
Compulsão por compras
A compulsão por compras, também chamada de oniomania, envolve o impulso incontrolável de comprar produtos, muitas vezes desnecessários, como forma de aliviar emoções negativas.
A pessoa sente prazer ou alívio temporário durante a compra, mas depois pode enfrentar culpa, arrependimento e consequências financeiras significativas. Esse comportamento costuma ser usado para preencher sentimentos de vazio ou frustração, funcionando como uma válvula de escape emocional.
Portanto, quando não tratado, pode gerar dívidas, conflitos familiares e dificuldades no trabalho ou na vida social, impactando profundamente a qualidade de vida.
Compulsão sexual
A compulsão sexual se manifesta por meio de pensamentos, fantasias ou comportamentos sexuais excessivos e incontroláveis, que interferem na rotina diária e causam sofrimento.
Dessa forma, pode envolver masturbação frequente, consumo exagerado de pornografia, busca constante por parceiros ou práticas sexuais de risco. No entanto, mesmo quando há consequências negativas, a pessoa sente dificuldade em reduzir ou interromper esses comportamentos.
Em muitos casos, o sexo é usado como forma de lidar com emoções como ansiedade, estresse ou autoestima baixa, e, por isso, o tratamento exige abordagem especializada para restaurar o equilíbrio emocional e comportamental.
Compulsão por limpeza
A compulsão por limpeza está frequentemente associada ao transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e envolve a necessidade de limpar objetos, o corpo ou ambientes de forma excessiva e repetitiva.
A pessoa sente que, se não realizar essas ações, algo ruim pode acontecer, mesmo sabendo que o medo é irracional. Assim, esse comportamento geralmente está ligado à ansiedade e pode consumir muitas horas do dia, interferindo na vida pessoal e profissional.
Vale dizer que o sofrimento é real, e o alívio sentido após a limpeza dura pouco, alimentando um ciclo difícil de romper sem ajuda profissional.
Compulsão por jogos e internet
A compulsão por jogos e internet é marcada pelo uso excessivo e descontrolado de dispositivos digitais, especialmente para jogar, navegar em redes sociais ou consumir conteúdos online.
Assim, esse comportamento pode provocar isolamento social, prejuízo no desempenho escolar ou profissional e dificuldade em manter vínculos afetivos. Além disso, a pessoa sente necessidade constante de estar conectada, mesmo que isso cause cansaço, ansiedade ou frustração.
Quando não tratada, essa compulsão pode comprometer significativamente a saúde mental e a capacidade de lidar com responsabilidades do dia a dia.
Como diagnosticar e tratar uma compulsão?
O diagnóstico da compulsão deve ser feito por um psicólogo ou psiquiatra, por meio de avaliação clínica detalhada. Nesse processo, são investigados os comportamentos, sua frequência, intensidade e os prejuízos causados na rotina.
Além disso, escalas específicas, como a Y-BOCS, podem auxiliar na identificação da gravidade, e exames médicos podem ser solicitados para descartar causas orgânicas.
O tratamento envolve principalmente a psicoterapia, com destaque para a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que ajuda a reconhecer pensamentos disfuncionais e desenvolver estratégias para resistir aos impulsos.
Em alguns casos, pode haver indicação de medicação, especialmente antidepressivos da classe ISRS, sempre prescritos por um psiquiatra.
Por fim, abordagens complementares, como mindfulness, grupos de apoio e suporte familiar, fortalecem os resultados.
Com acompanhamento adequado, é possível reduzir significativamente os sintomas e recuperar o equilíbrio emocional, e quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maiores são as chances de sucesso e de melhora na qualidade de vida.
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Autor: psicologa Luzia Fatima de Andrade Lobato - CRP 06/119285 Formação: Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e pós-graduada em Saúde Mental. Possui vasta experiência em atendimentos para adultos e casais, com foco em demandas como ansiedade, estresse no trabalho, conflitos familiares, depressão, questões emocionais como autoestima e autoconfiança…