
Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Marcela Garcia Manochio - Psicólogo CRP 06/120952

Sentir dor no peito é, para muitas pessoas, motivo imediato de preocupação. E não sem razão, afinal, esse sintoma está comumente associado a problemas cardíacos, o que naturalmente gera medo.
No entanto, nem toda dor no peito indica uma condição física grave. Em diversos casos, essa sensação pode ter uma origem emocional, ligada a quadros de ansiedade, estresse ou até crises de pânico.
Mas como diferenciar? Como saber se é hora de procurar um cardiologista ou um psicólogo?
Neste artigo, vamos explorar as possíveis causas da dor no peito, inclusive as emocionais, e como identificá-las de forma mais consciente e segura. Confira!
Quais são as causas da dor no peito?
A dor no peito pode surgir por diversos motivos, que vão desde condições físicas até fatores emocionais. Entre as principais causas, destacam-se:
- Problemas cardíacos: infarto do miocárdio, angina, arritmias, miocardite e pericardite.
- Distúrbios pulmonares: pneumonia, bronquite, embolia pulmonar, pneumotórax e inflamações da pleura.
- Alterações gastrointestinais: refluxo gastroesofágico (DRGE), gastrite, úlcera, espasmos do esôfago.
- Doenças musculoesqueléticas: lesões ou inflamações nos músculos, ossos ou articulações da parede torácica.
- Condições neurológicas: compressão de nervos, como na hérnia de disco torácica ou neuralgias intercostais.
- Distúrbios psicossomáticos: ansiedade, estresse crônico, crises de pânico e outras manifestações emocionais.
- Traumas ou lesões: fraturas nas costelas, contusões ou pancadas no tórax.
- Uso de substâncias: efeitos colaterais de medicamentos, abuso de álcool, nicotina ou drogas estimulantes.
Então a dor no peito pode ser emocional?
Sim, a dor no peito pode ter origem emocional, e isso é mais comum do que se imagina.
Situações de estresse intenso, ansiedade constante ou crises de pânico podem desencadear sensações físicas reais, como aperto, pontadas ou peso no peito, mesmo na ausência de qualquer problema cardíaco ou orgânico.
Isso acontece porque o corpo responde ao estado emocional por meio de alterações fisiológicas, como tensão muscular, aceleração dos batimentos cardíacos e mudanças na respiração, o que pode gerar desconforto torácico.
Embora não seja causada por uma lesão física, essa dor é legítima e merece atenção e cuidado.
Como as emoções podem causar dor no peito?
Ansiedade, estresse e outras emoções intensas têm impacto direto no corpo, e o peito costuma ser uma das regiões mais afetadas. Isso ocorre pois o sistema nervoso reage a situações emocionais como se fossem ameaças físicas, ativando o chamado estado de alerta.
Assim, nessa resposta, o corpo libera hormônios como adrenalina e cortisol, provocando efeitos como:
- Aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, o que pode gerar sensação de aperto ou palpitação no peito.
- Tensão muscular, especialmente na região torácica, que causa dor ou desconforto ao respirar ou se mover.
- Respiração rápida e superficial (hiperventilação), que pode levar a formigamentos, sensação de sufocamento e dor torácica.
- Alterações no funcionamento gastrointestinal, que também podem irradiar desconforto para a região do tórax.
Outro ponto é que o medo de que a dor esteja ligada ao coração costuma aumentar ainda mais a ansiedade, criando um ciclo difícil de interromper.
Vale dizer, mais uma vez que, mesmo sem uma causa física grave, a dor é real e exige atenção, tanto do ponto de vista emocional quanto clínico.
Como diferenciar a dor no peito de origem emocional daquela de origem física?
Embora os sintomas possam ser parecidos, há algumas diferenças importantes entre a dor no peito de origem física e a dor provocada por fatores emocionais.
A dor de origem física costuma surgir em situações específicas, como durante esforço físico ou logo após uma refeição pesada. Ela tende a ser mais intensa, contínua e pode se manifestar como um aperto forte, queimação ou sensação de peso no centro do peito. Em muitos casos, irradia para outras partes do corpo, como braços, pescoço ou costas.
Já a dor no peito de origem emocional, frequentemente ligada à ansiedade ou crises de pânico, tende a surgir em momentos de tensão psicológica, mesmo em repouso. Ela é geralmente passageira, localizada e se manifesta como pontadas, fisgadas ou uma sensação de aperto leve.
No entanto, apesar dessas diferenças, é importante lembrar: somente uma avaliação médica pode determinar com segurança a origem da dor.
Portanto, ao sentir esse sintoma, especialmente se for a primeira vez ou se vier acompanhado de outros sinais de alerta, é fundamental buscar ajuda profissional.
Quando procurar um cardiologista?
Mesmo que a dor no peito pareça ter origem emocional, é fundamental não subestimar o sintoma. Além disso, a avaliação médica é essencial para descartar causas físicas graves, especialmente relacionadas ao coração.
Então, procure um cardiologista ou atendimento de emergência se você apresentar:
- Dor forte ou persistente no centro do peito, em forma de aperto, pressão ou queimação;
- Dor que irradia para outras áreas, como braço esquerdo, ombros, costas, pescoço ou mandíbula;
- Sensação de falta de ar, mesmo em repouso ou com esforço leve;
- Suor frio, náuseas ou vômito acompanhando a dor;
- Palidez, tontura ou sensação de desmaio iminente;
- Dor que dura mais de 15 a 20 minutos, sem alívio com repouso ou respiração profunda;
- Sensação de opressão no peito ao fazer esforço físico, subir escadas ou caminhar;
- Histórico pessoal ou familiar de doenças cardíacas, infarto, AVC, hipertensão ou colesterol alto;
- Presença de fatores de risco, como diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo ou estresse crônico;
- Idade acima de 40 anos, principalmente em homens, ou mulheres com sintomas atípicos (como dor abdominal ou cansaço extremo);
- Uso recente de substâncias estimulantes (como cocaína ou certos medicamentos), que aumentam o risco cardiovascular.
Na dúvida, a melhor atitude é buscar ajuda médica, pois, em muitos casos, uma consulta com o cardiologista pode trazer tranquilidade e, quando necessário, garantir um diagnóstico precoce que faz toda a diferença.
E se a dor for emocional? Como tratar?

Quando a dor no peito é identificada como emocional, geralmente relacionada à ansiedade, estresse ou tensão acumulada, o foco do tratamento deve ser o cuidado com a saúde mental e o equilíbrio do corpo como um todo.
O objetivo não é apenas aliviar o sintoma físico, mas tratar as causas emocionais por trás dele. Para isso, algumas abordagens eficazes são:
Psicoterapia
O acompanhamento psicológico é fundamental, pois a terapia ajuda a entender os gatilhos emocionais, reduzir o impacto da ansiedade e desenvolver estratégias saudáveis de enfrentamento. Abordagens como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) têm excelentes resultados nestes casos.
Técnicas de respiração e relaxamento
Exercícios de respiração profunda, meditação, mindfulness e relaxamento muscular progressivo são eficazes para aliviar crises e prevenir novos episódios.
Atividade física regular
Caminhadas, yoga, dança ou qualquer exercício prazeroso ajudam a regular o humor, reduzir o estresse e melhorar a resposta do corpo às emoções.
Sono e alimentação equilibrados
Dormir bem e manter uma alimentação nutritiva influenciam diretamente a estabilidade emocional e a saúde do coração.
Evitar estimulantes
Reduzir ou eliminar o consumo excessivo de café, energéticos, álcool e outras substâncias que podem intensificar a ansiedade.
Acompanhamento psiquiátrico (se necessário)
Em casos mais intensos, com sintomas recorrentes e incapacitantes, o uso de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos pode ser indicado, sempre com prescrição e supervisão médica.
Apoio emocional e social
Conversar com pessoas de confiança, participar de grupos terapêuticos ou de apoio pode ajudar a aliviar a sobrecarga emocional.
Reconhecer que a dor no peito tem uma origem emocional não a torna “menos importante”.
Pelo contrário: é um sinal claro de que algo precisa de atenção interior. Lembre-se de que cuidar da mente é, também, uma forma poderosa de proteger o corpo, inclusive o coração.
Psicólogos para Saúde Mental
Conheça os psicólogos que atendem casos de Saúde Mental no formato de terapia online por videochamanda e também consultas presenciais em São Paulo:
-
Jaqueline Braga
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Jaqueline Braga possui mais de 10 anos de experiência em Psicologia Clínica. É especialista Comportamental DISC pela Etalent Internacional e pós-graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental pela Universidade Anhanguera. Além disso, também possui pós-graduação em Psicologia...
Valor R$ 260(R$ 150 a 1ª consulta)
Posso ajudar comAdolescênciaAnsiedadeAutoconhecimentoAutoestimaCarreirapróximo horário:
Consulte os horários -
Marcela Manochio
Consultas presenciais
Consultas por vídeoFormada há mais de 10 anos pela Universidade de Franca, especialista em Psicoterapia Psicanalítica, membro do Núcleo NEOTA, possui experiência em atendimentos de adultos e terapia de casal, com foco em demandas como transtornos de ansiedade, relacionamentos, conflitos profissionais, depressão...
Valor R$ 260(R$ 150 a 1ª consulta)
Posso ajudar comAnsiedadeAutoconhecimentoAutoestimaBorderlineCarreirapróximo horário:
Consulte os horários
Quem leu esse artigo também se interessou por:
- 5 benefícios psicológicos da atividade física
Conheça os principais benefícios psicológicos da atividade física no tratamento de transtornos emocionais e mentais
- Qual a relação entre saúde mental e física?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde da mente e do corpo são áreas interdependentes na vida de um indivíduo, portanto, precisam da mesma atenção. Saiba como uma afeta a outra e quais cuidados deve tomar.
- Vício em exercícios físicos: quando atividade física faz mal
Muitas pessoas podem desenvolver vícios em exercícios físicos. Conheça um pouco mais sobre esse problema com as informações do psicólogo
Outros artigos com Tags semelhantes:
- Dicas para cuidar da saúde mental de adolescentes
A adolescência é, ao mesmo tempo, uma fase complicada e enriquecedora. Por isso, cada vez mais o tema saúde mental de adolescentes tem crescido. É o momento de novos [...]
- Como manter o bem-estar em meio a notícias negativas?
É comum nos depararmos com uma tonelada de notícias negativas ocasionalmente. Grandes acontecimentos, como tragédias causadas pelas mudanças climáticas, casos de violência ou conflitos armados, geram sofrimento em quem [...]
- Como o mundo digital afeta a mente
O mundo digital afeta a mente de tal forma que não nos damos conta disso. Diariamente somos bombardeados por um excesso de informações. Atualmente, a sociedade humana tem experimentado [...]

Autor: psicologa Marcela Garcia Manochio - CRP 06/120952Formação: Formada há mais de 10 anos pela Universidade de Franca, especialista em Psicoterapia Psicanalítica, membro do Núcleo NEOTA, possui experiência em atendimentos de adultos e terapia de casal, com foco em demandas como transtornos de ansiedade, relacionamentos, conflitos profissionais, depressão...
















