Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Adriana Jaqueline Costa Rodrigues Braga - Psicólogo CRP 06/128616
Considerando que no mundo existem pessoas cheias de egoísmo, o altruísmo surge na contramão disso, e age como uma virtude para enriquecer tanto quem o pratica quanto quem o recebe.
Ele é um comportamento de doação voltado ao bem-estar dos outros, muitas vezes colocando as necessidades alheias à frente das próprias.
Mas até que ponto o altruísmo é saudável? E como equilibrá-lo com a necessidade de cuidar de si mesmo?
Neste artigo, você poderá entender, por exemplo, o conceito de altruísmo, quais são seus benefícios e desafios, além de aprender a cultivar essa qualidade de forma balanceada, garantindo que a vontade de fazer o bem não acabe te prejudicando.
Boa leitura!
O que é o altruísmo?
O altruísmo é uma prática moral positiva de agir em benefício dos outros, sem esperar nada em troca, apenas motivado por uma consideração desinteressada.
Nele, as ações visam ajudar e melhorar a vida do próximo, ainda que isso signifique algum sacrifício pessoal.
De forma oposta ao egoísmo, no qual a pessoa se coloca sempre à frente ou em primeiro lugar, o comportamento altruísta envolve, por exemplo, gestos de generosidade e solidariedade, muitas vezes motivado por empatia, disponibilidade em ajudar e compaixão.
Assim sendo, trata-se, portanto, de uma forma de preocupação genuína com o bem-estar alheio e que se manifesta mediante pequenos gestos de gentileza ou até mesmo em grandes atos de generosidade.
Quais são as características de uma pessoa altruísta?
Apesar das mais diversas situações que estejam sendo vivenciadas, uma pessoa altruísta se destaca por várias qualidades que refletem sua inclinação natural em colaborar, por exemplo, com o bem-estar dos outros.
Dentre suas principais características estão:
- A empatia, para entender e compartilhar os sentimentos dos outros;
- A generosidade, ao oferecer ajuda e recursos sem esperar recompensa;
- A humildade, que evita a busca por reconhecimento ou elogios;
- A paciência e a disponibilidade para ouvir e apoiar os outros.
É possível dizer que a junção de tais qualidades coopera para a formação de um perfil que prioriza o bem-estar coletivo e que busca fazer a diferença na vida das pessoas ao seu redor.
Quais são os benefícios de ser altruísta?
Além de ser vantajoso para quem é ajudado, a prática do altruísmo também promove alguns benefícios para quem está ajudando, como os exemplos a seguir:
- Aumento da satisfação pessoal: Ajudar os outros gera um sentimento de realização e felicidade, contribuindo para uma vida mais satisfatória e gratificante.
- Fortalecimento das relações sociais: A prática do altruísmo cria vínculos mais fortes e genuínos, seja com amigos, familiares ou colegas.
- Diminuição do estresse: O ato de ajudar e se preocupar com o bem-estar do outro pode reduzir o nível de estresse e, ainda, promover uma condição de saúde mental mais tranquila.
- Melhoria da saúde mental: O altruísmo está associado a uma maior sensação de propósito e de bem-estar, o que pode ajudar a combater sentimentos de depressão e ansiedade.
- Desenvolvimento da empatia: Ajudar os outros promove uma melhora na compreensão das necessidades e sentimentos alheios, enriquecendo a capacidade de ser empático.
- Criação de uma rede de apoio: Pessoas altruístas costumam receber apoio e reciprocidade de outras pessoas em momentos de necessidade, fortalecendo uma rede de suporte mútuo e, consequentemente, deixando o cotidiano mais leve.
- Influência positiva na comunidade: Atitudes altruístas contribuem para a construção de comunidades mais solidárias, o que favorece as mudanças positivas no ambiente social.
Altruísmo em excesso é prejudicial?
Não há dúvidas de que o altruísmo seja uma qualidade muito benéfica e louvável, porém, quando praticado em excesso, ele pode sim ser prejudicial e trazer consequências negativas à pessoa que está se dispondo.
A seguir, separamos alguns pontos:
1. Esgotamento emocional e físico
O excesso de altruísmo pode levar o indivíduo ao esgotamento.
Isso porque ele, por exemplo, se sentir sobrecarregado por sempre colocar as necessidades dos outros à frente das suas próprias, o que pode até mesmo resultar em fadiga emocional e física.
2. Negligência das próprias necessidades
Quando alguém é excessivamente altruísta, suas próprias necessidades tendem a ser ignoradas ou relevadas por algum tempo, o que pode levar a uma falta de autocuidado e a problemas como estresse, ansiedade e depressão.
3. Relações desequilibradas
O altruísmo exagerado também é capaz de criar relações desequilibradas, nas quais a pessoa oferece mais do que recebe.
Logo, existem grandes chances de gerar ressentimento e frustração, seja para o altruísta ou para as pessoas ao seu redor.
4. Perda de identidade
Pessoas que se dedicam de modo excessivo ao bem-estar dos outros podem perder de vista, por exemplo, suas próprias metas e desejos, fator que resulta também em uma perda de identidade e em uma sensação de vazio.
5. Dependência dos outros
A prática exagerada de altruísmo igualmente é capaz de incentivar a dependência dos outros, impedindo que as pessoas desenvolvam suas próprias habilidades e a capacidade de resolver seus problemas.
6. Falta de reconhecimento
A expectativa de que o altruísmo será sempre reconhecido pode levar à decepção.
Portanto, quando os esforços não são valorizados ou retribuídos, isso pode causar sentimentos de tristeza e desilusão no altruísta.
Como ter o altruísmo na medida certa?
Praticar o altruísmo de forma equilibrada é essencial para garantir que sua generosidade beneficie tanto os outros quanto a você mesmo.
Assim, para tê-lo na medida certa, é possível adotar algumas atitudes, tais como:
1. Estabeleça limites saudáveis
Definir limites claros e realistas é fundamental para evitar que você chegue a um esgotamento emocional e físico.
Lembre-se de que cuidar de si mesmo é tão importante quanto ajudar os outros.
2. Pratique o autocuidado
Não negligencie suas próprias necessidades em prol de ajudar somente o próximo.
Assim sendo, o autocuidado é essencial para manter seu bem-estar, permitindo que você continue a ser altruísta, mas de maneira saudável.
3. Aprenda a dizer “não”
É importante reconhecer quando você não pode ajudar.
Dizer “não” de forma respeitosa e assertiva não diminui seu altruísmo, pelo contrário, ajuda, por exemplo, a preservar sua capacidade de continuar contribuindo positivamente para a vida do próximo.
4. Seja seletivo com suas causas
Opte por causas e situações nas quais você realmente se identifica, acredita e pode fazer a diferença.
Portanto, isso fará com que a prática do altruísmo em sua rotina seja mais significativa e eficaz.
5. Avalie o impacto de suas ações
Vale a pena refletir sobre como suas ações estão beneficiando os outros e a si mesmo.
Um altruísmo equilibrado é aquele que proporciona benefícios mútuos, fortalecendo tanto a comunidade quanto o indivíduo que o pratica.
6. Busque apoio quando necessário
Não hesite em procurar apoio, seja emocional, psicológico ou prático, quando sentir que está assumindo muito, já que compartilhar responsabilidades e receber ajuda também faz parte de um altruísmo saudável.
Portanto, ao encontrar esse equilíbrio, você pode ser uma força positiva no mundo, sem que isso comprometa seu próprio bem-estar e felicidade.
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