Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos e os psicólogos que fazem terapia online por videochamada. Autor: Melissa Almeida dos Santos - Psicólogo CRP 06/145112

A repressão emocional é um mecanismo de defesa frequentemente utilizado, muitas vezes de forma inconsciente, para lidar com sentimentos considerados dolorosos, inadequados ou socialmente inaceitáveis.
Embora possa parecer uma solução eficiente a curto prazo, reprimir emoções pode trazer sérias consequências para a saúde mental, emocional e física.
O que é repressão emocional?
A repressão emocional é um mecanismo de defesa psicológica que ocorre quando uma pessoa suprime ou nega conscientemente seus sentimentos ou emoções.
Por isso., a pessoa que reprime suas emoções tende a evitar confrontar e expressar seus sentimentos, o que pode levar a problemas de saúde mental, autodestruição emocional e física a longo prazo.
Por que reprimimos emoções?
A repressão emocional raramente é uma escolha consciente e deliberada. Então, ela é, na maioria das vezes, um mecanismo de defesa aprendido desde a infância, moldado por vivências pessoais, traumas, normas culturais e até mesmo valores familiares.
Quando uma criança chora e é repreendida com frases como “não precisa chorar por isso” ou “seja forte”, ela aprende que expressar tristeza não é aceitável. Se uma criança demonstra raiva e é punida ou ignorada, pode concluir que sentir raiva é algo errado. Assim, para garantir aceitação e evitar punição, ela passa a esconder seus sentimentos — primeiro dos outros, depois de si mesma.
A sociedade e as emoções
Além do contexto familiar, os ambientes escolares também contribuem para esse padrão. A escola costuma premiar alunos “comportados”, que não fazem “escândalo” ou “birra”, o que pode reforçar a ideia de que as emoções intensas são problemáticas. Por isso, a vergonha de se mostrar emocionalmente “vulnerável” torna-se um obstáculo à expressão emocional saudável.
Aliás, em muitas sociedades, expressar emoções é considerado sinal de descontrole, fragilidade ou fraqueza. A saúde mental de homens, por exemplo, pode ser prejudicada porque eles são frequentemente ensinados que “homem de verdade não chora”, enquanto mulheres podem ser vistas como “histéricas” ou “exageradas” se demonstram emoções com intensidade. Essas mensagens culturais moldam o comportamento, fazendo com que expressar sentimentos seja visto como algo a ser evitado — o que leva à repressão crônica.
Também há casos em que a repressão emocional surge como uma resposta direta a eventos traumáticos. Então, pessoas que sofreram abuso, negligência, perdas ou vivências muito dolorosas podem adotar a repressão como uma forma de sobrevivência psíquica.
Quando sentir dói demais, o organismo se protege negando ou anestesiando as emoções. Isso pode ser essencial em um primeiro momento, mas, se não for processado depois, o trauma pode se tornar um padrão de evitação emocional que acompanha o indivíduo por toda a vida.
Impactos da repressão emocional na saúde
Negar emoções não significa que elas desaparecem. Pelo contrário, elas continuam agindo internamente e podem se manifestar de formas indiretas ou através de sintomas diversos.
Problemas psicológicos
Reprimir emoções pode gerar um acúmulo de tensão psicológica. A pessoa passa a sentir um mal-estar difuso, tristeza constante, ansiedade e até mesmo sintomas de depressão. Por isso, o custo psíquico de manter sentimentos fora da consciência é alto e pode resultar em quadros como transtornos de ansiedade generalizada, fobias e estresse pós-traumático.
Consequências físicas
O corpo é afetado diretamente pelas emoções reprimidas. O sistema nervoso autônomo, que regula respostas automáticas como batimentos cardíacos e respiração, é constantemente ativado em estados emocionais reprimidos. Então, isso pode levar a doenças cardiovasculares, distúrbios gastrointestinais, tensão muscular crônica e dores sem causa física identificável.
Relações interpessoais prejudicadas
Pessoas que reprimem emoções têm dificuldade de se comunicar de forma autêntica e de estabelecer conexões verdadeiras. Isso pode gerar conflitos, afastamentos e uma sensação constante de solidão. Como não expressam suas necessidades e limites, muitas vezes acabam em relações desequilibradas e insatisfatórias.
Redução da imunidade
Estudos indicam que a repressão emocional está ligada à supressão do sistema imunológico, o que deixa o organismo mais vulnerável a doenças. Gripes frequentes, infecções e dificuldades de recuperação podem ser sinais de que o corpo está sobrecarregado por emoções não expressas.
Mecanismos inconscientes e comportamento
A repressão emocional também se manifesta no comportamento, ainda que a pessoa não tenha consciência disso. Essas manifestações são pistas importantes de que algo está sendo evitado ou negado.
Comportamentos compulsivos
Alimentação exagerada, uso de substâncias, compras compulsivas e trabalho excessivo podem funcionar como formas de escapar do contato com emoções reprimidas. A compulsão atua como uma válvula de escape momentânea, mas não resolve a raiz do problema.
Explosões emocionais
Quando a repressão atinge um limite, as emoções reprimidas podem emergir de forma abrupta. Isso pode se traduzir em acessos de raiva, crises de choro ou comportamentos impulsivos. O que parecia estar sob controle, na verdade, estava acumulando pressão.
Sintomas psicossomáticos
Doenças sem causa orgânica identificada, como dores de cabeça, alergias, tensão muscular e problemas de pele, podem estar relacionadas a conflitos emocionais não resolvidos. Então, o corpo, nesse caso, torna-se o porta-voz das emoções reprimidas.
O papel da terapia no resgate emocional
Felizmente, a repressão emocional pode ser compreendida e transformada com apoio profissional. Por isso, a psicoterapia é uma ferramenta essencial nesse processo, ajudando o indivíduo a reconhecer, acolher e expressar suas emoções de forma segura.
Espaço para expressão segura
Na terapia, o paciente encontra um ambiente protegido para explorar sentimentos sem medo de julgamento. Então, isso favorece o desenvolvimento de um vocabulário emocional, essencial para compreender a própria experiência interna.
Reconstrução de narrativas
Muitas vezes, a repressão está ligada a histórias de dor, vergonha ou culpa. A psicoterapia permite ressignificar essas narrativas, tirando o peso que impede o fluxo emocional natural.
Desenvolvimento da autorregulação
Aprender a identificar e lidar com emoções sem reprimi-las ou ser dominado por elas é uma competência emocional fundamental. Por isso, a terapia ensina estratégias de autorregulação que ajudam a manter o equilíbrio emocional no dia a dia.
Como cultivar uma relação mais saudável com suas emoções
Além da psicoterapia, existem práticas cotidianas que podem ajudar a desenvolver um relacionamento mais consciente e equilibrado com suas emoções.
Autoconhecimento
Dedicar tempo para observar pensamentos, sentimentos e reações é essencial para reconhecer padrões de repressão. Então, escrever um diário emocional, por exemplo, pode ser uma ferramenta poderosa nesse processo.
Práticas de mindfulness
Exercícios de atenção plena ajudam a ficar mais no presente e a observar emoções sem julgamento. Afinal, o mindfulness favorece a consciência emocional e reduz a necessidade de reprimir o que se sente.
Expressão criativa
Atividades como arte, música, escrita ou dança permitem que emoções sejam canalizadas de forma simbólica e criativa. Essa é uma forma indireta, mas poderosa, de expressar o que está guardado.
Diálogo e escuta
Cultivar relações baseadas na escuta ativa e no respeito às emoções do outro cria espaços de segurança emocional. Então, falar sobre sentimentos com pessoas de confiança ajuda a reduzir a carga emocional interna.
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