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Certos hábitos aumentam o risco de depressão, bem como agravam sintomas depressivos de quem já sofre da doença.
Por isso, é necessário conceder uma atenção especial para o que você faz e como você faz as coisas no cotidiano. Sem querer, você pode estar contribuindo para a acentuação da depressão.
Psicólogos aconselham as pessoas a prestarem atenção em seus hábitos, comportamentos, pensamentos e emoções para não correrem o risco de cair no piloto automático.
Quando elas se acostumam com hábitos negativos, eles passam a ser familiares. Assim, a sua identificação e posterior modificação é mais difícil.
O que causa depressão?
A depressão comumente acontece quando há um desequilíbrio químico no cérebro, o qual causa oscilações de humor e indisposição física. Mas há outros fatores associados ao surgimento da depressão, como vulnerabilidade genética, eventos de vida estressantes, ingestão de certos medicamentos, problemas médicos e hábitos patológicos.
Além disso, é comum que haja mais de uma causa por trás da depressão.
A interação de mais de um elemento a longo prazo costuma resultar nesta condição psicológica.
Sendo assim, as razões específicas devem ser investigadas durante o acompanhamento psicológico uma vez que o psicólogo tem acesso ao histórico de saúde e mundo interno do paciente.
É devido à essa complexidade que duas pessoas podem ter sintomas depressivos similares, mas o problema interno e a sugestão de tratamento para cada uma podem ser totalmente diferentes.
Os nossos hábitos também possuem uma parcela de responsabilidade na condição do nosso bem-estar emocional e humor. O modo como fazemos as coisas, por exemplo, pode potencializar a nossa produtividade ou fortalecer a vontade de não fazer nada.
A questão é que as pessoas não costumam parar para refletir sobre os seus hábitos. Dessa maneira, não percebem quando estão colaborando para o surgimento da depressão e mau-humor, como também da ansiedade e do pânico. Notam que estão mais irritadas, cansadas e tristes, mas não entendem o porquê.
Hábitos ruins também podem aumentar o estresse vivenciado no dia a dia. Situações comuns começam a ficar insuportáveis quando estamos estressados e não conseguimos encontrar meios de desestressar. Assim, não sentimos satisfação em nada que fazemos.
Quais hábitos aumentam o risco de depressão?
É importante compreender quais hábitos aumentam a probabilidade de ter depressão e/ou acentuam os sintomas para substitui-los por hábitos novos e sadios.
De acordo com este estudo, a adição de novas experiências e costumes em nossas vidas ajuda a reduzir a depressão e a ansiedade.
Eles fortalecem a tolerância das pessoas ao estresse e reduzem o impacto de hábitos antigos e ruins na saúde mental. Ou seja, mudanças são bem-vindas e necessárias, especialmente se o “velho” ou o “comum” está lhe causando mal.
Em seguida, confira quais hábitos aumentam o risco de depressão e/ou agravam os sintomas de condições psicológicas.
1. Sono desregulado
Você costuma dormir muito tarde? Ter insônia? Acordar durante a noite? Dormir mais ou menos que o suficiente? Saiba que esses hábitos prejudicam a saúde mental a longo prazo.
A qualidade do nosso sono é muito importante para a regulagem de determinados hormônios, como o cortisol, o conhecido hormônio do estresse.
Quando não temos um horário certo para dormir e acordar, o cortisol é produzido em quantidades desproporcionais e liberado no organismo nos momentos errados do dia, causando mal-estar e sensação de indisposição.
2. Sedentarismo
O sedentarismo possui um impacto semelhante ao sono desregulado. Os exercícios físicos produzem diversos hormônios que regulam o humor, os quais nos ajudam a manter o bom humor no dia a dia.
Se não nos movimentamos com frequência, não aproveitamos os benefícios desses hormônios. Quem não pratica exercícios com regularidade, tende a ficar cansado e desanimado com mais facilidade.
3. Isolamento social
Quando a vida está muito agitada, é normal desejar ficar um tempo em silêncio e sem companhia até que as coisas se acalmem. Às vezes, precisamos desse momento de contemplação solitária para nos colocarmos de volta ao eixo.
Porém, os seres humanos precisam de contato social. As interações sociais nem sempre são agradáveis, mas, na maior parte do tempo, são divertidas e interessantes, não é mesmo?
Se você sente muita vontade de permanecer distante das outras pessoas ou acredita que elas não têm nenhum interesse em você, pode estar com depressão.
4. Vício nas redes sociais
As redes sociais são espaços virtuais repletos de conhecimento, curiosidades e fontes de entretenimento. Embora seja agradável navegar por elas, permanecer muito tempo focado nas redes sociais pode ser nocivo para a saúde mental.
De acordo com a pesquisa “Global Digital Overview 2020”, desenvolvida pelo site We Are Social, os brasileiros ficam em média 3 horas e 31 minutos por dia nas redes sociais. Um tempo considerável!
Há vários motivos pelos quais as pessoas podem ficar depressivas por conta das redes sociais: elas começam a pensar que suas vidas não são tão interessantes quanto as dos outros, passam a desejar o que não podem ter, recebem uma grande quantidade de estímulos negativos e permanecem sedentárias.
5. Reclamação
Você já percebeu como você se sente após fazer uma série de reclamações? As pessoas costumam ficar irritadas e desanimadas quando reclamam.
Elas também colocam obstáculos imaginários em seu caminho, prevenindo a si mesmas de conseguirem o que querem.
Reclamar constantemente aumenta o risco de depressão porque estimula um estado de humor desanimador e uma mentalidade negativa.
A pessoa que está sempre reclamando tende a ver somente o lado ruim da vida, colocando-se na posição de vítima perante os desafios.
6. Estresse
O estresse é tanto uma causa quanto um sintoma de depressão. Períodos prolongados de estresse causam múltiplos desconfortos à mente e ao corpo.
A pessoa estressada, sobretudo, perde a vontade de fazer as coisas que antes gostava e passa a ter pensamentos negativos, permitindo que a depressão se instale com mais facilidade.
Como o estresse é uma constante em nossa sociedade, devemos aprender a conviver com ele de maneira que não nos cause sequelas emocionais.
7. Desrespeitar compromissos
Pessoas depressivas facilmente desmarcam ou evitam compromissos. Não apenas encontros com amigos, como também obrigações com o trabalho e o estudo.
Como sempre estão com baixa energia, não têm vontade de responder e-mails, atender o celular, retornar uma ligação ou atender aos seus compromissos. Quando esse comportamento se torna um hábito, é sinal de que você pode estar sofrendo de depressão.
8. Pensar no passado
Dizem que a depressão é a doença das pessoas que vivem no passado. Esse ditado popular possui um fundo de verdade.
Passar muito tempo desejando que os velhos tempos retornem e revisitando memórias ruins e erros cometidos não é muito agradável, certo? Quem tem esse hábito costuma viver com insatisfação, pois está vivendo em uma época que jamais retornará.
9. Não manter uma rotina consistente
Uma rotina consistente é muito importante para a saúde mental, especialmente para quem tende a sofrer por antecipação. O corpo e a mentem gostam de atividades rotineiras.
Eles se preparem em uníssono quando determinada hora chega para executarem a tarefa planejada. Além disso, a rotina ajuda a diminuir o estresse, regular o açúcar no sangue e garante que você durma e acorde nos mesmos horários.
O que fazer para mudar?
Depois de reconhecer quais hábitos que aumentam o risco de depressão você está reproduzindo em sua vida, pode fazer mudanças comportamentais visando o seu bem-estar.
Confira no nosso guia completo sobre psicólogo e terapia. Nele você encontrará dicas de como selecionar o psicólogo certo para você.
Antes de tudo, você precisa compreender que um indivíduo pode facilmente retornar aos velhos hábitos nas primeiras tentativas de mudança. Isso porque a memória deles fica dormente no cérebro.
Em momentos de desatenção e de grande emoção, acabamos agindo no piloto automático e reproduzindo os mesmos comportamentos disfuncionais.
Então, não seja duro com você mesmo se não conseguir modificar um hábito ruim. A mudança acontece gradualmente, dia após dia.
As pessoas não costumam valorizar pequenos esforços, almejando chegar ao resultado o mais rápido possível para aproveitar as suas recompensas. Mas, na vida real, raramente as coisas funcionam assim!
Defina o que precisa ser modificado e pense em maneiras de fazer isso, sempre considerando os cuidados com a sua saúde mental. Para facilitar esse processo, você pode pedir ajuda a um psicólogo!
Algumas pessoas têm dificuldade de fazer mudanças e manter a disciplina, por isso, a orientação de um profissional pode ser benéfica.
Se você tem depressão, é ainda mais importante que compreenda como o seu comportamento impacta os sintomas dessa condição. Não hesite em procurar um psicólogo para cuidar da sua saúde mental e prevenir o agravamento dos sintomas da doença.
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Autor: psicologa Luzia Fatima de Andrade Lobato - CRP 06/119285 Formação: Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e pós-graduada em Saúde Mental. Possui vasta experiência em atendimentos para adultos e casais, com foco em demandas como ansiedade, estresse no trabalho, conflitos familiares, depressão, questões emocionais como autoestima e autoconfiança…
Maravilhosa matéria, adorei
Obrigada pelo seu feedback!